Ordem congratula-se com plano de vacinação contra a Covid-19 e disponibiliza Enfermeiros

  • 11-12-2020

A Ordem dos Enfermeiros pronunciou-se formalmente sobre o Plano de Vacinação Covid-19, congratulando-se com a limitação da administração aos serviços e unidades dos cuidados de saúde primários, acautelando, assim, tal como recomendado pela OE, o dever de protecção da saúde pública. Na pronúncia remetida ao coordenador da ‘task force’ para o Plano de Vacinação, a OE fez novas recomendações e manifestou a sua total disponibilidade para colaborar na sua operacionalização, nomeadamente na disponibilização de Enfermeiros pertencentes ou não aos órgãos estatutários da Ordem dos Enfermeiros.

 

A Ordem dos Enfermeiros acompanha a estratégia recomendada, centrando a sua operacionalização e implementação na estrutura de vacinação existente no País, gerida por Enfermeiros e na qual Portugal apresenta dos melhores níveis de cobertura vacinal a nível mundial.

Como sempre tem sido defendido pela OE, a administração das vacinas apenas em unidades de saúde é a solução que melhor equilibra o direito à privacidade e confidencialidade dos dados de saúde legalmente consagrada e a necessidade de monitorização, acompanhamento e acesso aos dados de saúde em causa.

 

Não obstante a OE acompanhar o Plano definido, são sugeridas algumas melhorias e clarificações, designadamente, quanto à definição de grupos prioritários, seria importante esclarecer se os profissionais dos serviços críticos integram aqueles considerados essenciais nos termos do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de Março, nos quais se incluíam os bombeiros voluntários, e ponderar a inclusão dos profissionais de saúde afectos aos serviços prisionais entre os grupos prioritários.

 

No que diz respeito ao plano de administração, importa assegurar que todos os serviços e equipas dispõem do equipamento mínimo e medicamentos necessários para a abordagem inicial de eventual anafilaxia.

 

A OE alerta ainda para o facto de a implementação do presente plano implicar uma sobrecarga para os serviços de saúde, em particular para os cuidados de saúde primários, o que impõe uma gestão atempada das equipas.

 

Por outro lado, sugere-se, além do alargamento dos horários habituais, por exemplo até às 22h00, a possibilidade de conversão de áreas afectas às consultas externas nas unidades hospitalares para vacinação COVID durante o fim-de-semana.

 

Em suma, a OE considera que o presente Plano de Vacinação se adequa à realidade nacional, de acordo com as orientações científicas conhecidas até ao momento, estando completamente disponível para colaborar na sua operacionalização.

 

Consulte aqui a pronúncia da Ordem.