Estudo de empregabilidade

Desemprego entre os enfermeiros nos Açores é o mais baixo dos últimos 10 anos

  • 19-09-2019

Foram apresentadas na tarde de ontem, numa conferência de imprensa realizada na sede da Secção Regional, em Ponta Delgada, as conclusões do Estudo de Empregabilidade levado a cabo durante o último mês de maio.


O Estudo que teve como autores os enfermeiros Luís Furtado (Presidente do CDR), Márcio Tavares (Presidente do CER) e Pedro Brázio (Secretário do CDR), abrangeu 580 dos 733 membros com inscrição ativa na Secção Regional entre 1-1-2008 e 31-12-2018, revela que o desemprego entre os enfermeiros que exercem nos Açores é atualmente de 2,8%. Este número constitui uma redução significativa relativamente ao máximo registado de 14,3% , no ano de 2013.


Na apresentação desta tarde foram ainda revelados outros dados interessantes sobre os enfermeiros que exercem a profissão no arquipélago:


Os participantes no estudo são maioritariamente naturais da RAA (86,2%) e frequentaram o ensino superior na Região (89,5%);
O curso de Licenciatura em Enfermagem permanece, de forma constante ao longo do período, como primeira opção dos participantes (88,4%);
O vínculo laboral atualmente detido por 85,6% da amostra é estável;
O setor público absorve 71,9% dos atuais vínculos (56,9% nos hospitais e 14,5% nas USI), ao passo que o setor da economia solidária retém 19,5% dos enfermeiros;
Em termos médios, os participantes no estudo detiveram 2,21 vínculos laborais até ao presente;
O vínculo laboral detido no primeiro emprego foi essencialmente precário (83,9%);
A tipologia do vínculo precário no primeiro emprego correspondeu, maioritariamente, a programas pró-empregabilidade do Governo Regional dos Açores (61,7%);
O setor da economia solidária é o que absorve mais enfermeiros recém-inscritos, com 41,8%, seguido do setor público com 40,2%;
A intenção de abandono é já expressiva (16,7%);
A taxa de desemprego não parece variar em função da ilha de residência;
O número médio de vínculos laborais é superior no período de assistência externa;
A espera média (meses) até à obtenção do primeiro emprego é superior no período de assistência externa;
A precariedade no primeiro emprego tem vindo a aumentar;

 

Na vigência do programa de assistência externa, o setor da economia solidária foi o que mais contratou, para primeiros empregos, contrastando com os períodos pré e pós, nos quais foi o setor público a fazê-lo.

 

Com a apresentação deste importante Estudo, único no panorama nacional, a Secção Regional da Ordem dos Enfermeiros volta a demonstrar a sua preocupação e o seu trabalho ativo, em prol do exercício da Enfermagem nos Açores.

 

 

 

CDR/LF/LL/rcl