Acompanhamento do exercício no Sector Social

Secção Regional realiza VAEP ao Lar do Recolhimento Jesus Maria José (Mónicas) em Angra do Heroísmo

  • 26-04-2018

A Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros levou a cabo no passado dia 24 de abril uma visita de acompanhamento do exercício profissional (VAEP) ao Lar do Recolhimento Jesus Maria José (Mónicas) em Angra do Heroísmo.

 

Na visita, que se iniciou com uma reunião com a equipa de Enfermagem, seguindo-se reunião com a Direção do Lar, destaca-se a forma como a comitiva foi recebida, tanto pela equipa como pela Direção, naquilo que deve ser o trabalho de cooperação e parceria entre instituições, na procura por soluções que salvaguardem os interesses dos nossos cidadãos.

 

Para o Presidente do Conselho Diretivo Regional, Luís Furtado, a precariedade dos vínculos laborais, e o recurso a programas pró-empregabilidade para a contração de enfermeiros, não faz qualquer sentido quando em causa estão necessidades permanentes de recursos humanos e, de igual modo, necessidades complexas em cuidados de Enfermagem por parte da população institucionalizada.

 

Para Luís Furtado “esta é mais uma evidência do subfinanciamento do Sector Social, sector que substitui o Estado, neste caso concreto, a Região, naquilo que são as suas funções sociais e que trata de igual forma todas as IPSS, independentemente das suas fontes de rendimento e capacidade de financiamento próprio. É importante, por uma questão de equidade, tratar de forma diferente aquilo que, efetivamente, é diferente”.

 

A legislação atualmente existente naquilo que diz respeito à afetação de enfermeiros às estruturas residenciais para idosos está completamente desadequada para o Presidente do Conselho Diretivo Regional, “as necessidades dos nossos idosos em cuidados de saúde, a sua complexidade, a condição de múltiplas patologias e o elevado grau de dependência, conjuntamente com o facto da atual Portaria, ao fixar um mínimo insuficiente, não garantir, tão somente, a salvaguarda de preceitos legais, como é o caso da administração de terapêutica por auxiliares de apoio ao idoso (situação ilegal), é a prova da sua desadequação”.

 

“Lamento ainda os partidos, da direita à esquerda, da governação à oposição, assistam a isto, tenham conhecimento disto, mas, e de forma muito conveniente, nada façam”, conclui Luís Furtado em declarações feitas após a VAEP.

 

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