BALANÇO DO MANDATO 2016-2019

Estudo de Empregabilidade dos Enfermeiros Açorianos

  • 21-10-2019

Em mais uma iniciativa inédita no contexto nacional, a Secção Regional empreendeu, já na reta final do mandato, um Estudo de Empregabilidade a 10 anos dos enfermeiros açorianos.

 

O Estudo levado a cabo durante o mês de maio de 2019, teve como autores os enfermeiros Luís Furtado (Presidente do CDR), Márcio Tavares (Presidente do CER) e Pedro Brázio (Secretário do CDR), abrangeu 580 dos 733 membros com inscrição ativa na Secção Regional entre 1-1-2008 e 31-12-2018, e tinha como principal objetivo ficar a conhecer, de forma verdadeira e precisa, o contexto profissional dos enfermeiros açorianos.

 

VALOR HISTÓRICO

A apresentação do Estudo decorreu no passado dia 18 de setembro de 2019, na Sede da Secção Regional em Ponta Delgada, sob a forma de conferência de imprensa e revelou que o desemprego entre os enfermeiros que exercem nos Açores é atualmente de 2,8%. Este número constitui uma redução significativa relativamente ao valor registado de 14,3%, no ano de 2013.

 

Este valor não pode ser dissociado do trabalho intenso e profícuo realizado pelo atual elenco diretivo que, nos últimos 4 anos, tem trabalhado ativamente junto da Secretaria Regional da Saúde (SRS) com o objetivo de dotar as instituições de saúde no arquipélago do número ideal de enfermeiros. O mais claro exemplo disto mesmo, foi o Acordo de Cooperação relativo à Dotação Segura de Enfermeiros na RAA (ímpar no contexto nacional) assinado em 2015, entre esta Secção Regional e a SRS que resultou na entrega (20 de março de 2017) de um Relatório rigoroso sobre as carências efetivas de profissionais nos Açores.

 

Sem este trabalho, certamente que o valor historicamente baixo de enfermeiros desempregados nos Açores não teria sido alcançado.

 

DADOS RELEVANTES

Aquando da apresentação, foram ainda revelados outros dados interessantes sobre os enfermeiros que exercem a profissão no arquipélago:

Os participantes no estudo são maioritariamente naturais da RAA (86,2%) e frequentaram o ensino superior na Região (89,5%);

O curso de Licenciatura em Enfermagem permanece, de forma constante ao longo do período, como primeira opção dos participantes (88,4%);

O vínculo laboral atualmente detido por 85,6% da amostra é estável;

O setor público absorve 71,9% dos atuais vínculos (56,9% nos hospitais e 14,5% nas USI), ao passo que o setor da economia solidária retém 19,5% dos enfermeiros;

Em termos médios, os participantes no estudo detiveram 2,21 vínculos laborais até ao presente;

O vínculo laboral detido no primeiro emprego foi essencialmente precário (83,9%);

A tipologia do vínculo precário no primeiro emprego correspondeu, maioritariamente, a programas pró-empregabilidade do Governo Regional dos Açores (61,7%);

O setor da economia solidária é o que absorve mais enfermeiros recém-inscritos, com 41,8%, seguido do setor público com 40,2%;

A intenção de abandono da profissão é já expressiva (16,7%);

A taxa de desemprego não parece variar em função da ilha de residência;

O número médio de vínculos laborais é superior no período de assistência externa;

A espera média (meses) até à obtenção do primeiro emprego é superior no período de assistência externa;

A precariedade no primeiro emprego tem vindo a aumentar;

Na vigência do programa de assistência externa, o setor da economia solidária foi o que mais contratou, para primeiros empregos, contrastando com os períodos pré e pós, nos quais foi o setor público a fazê-lo.

 

Com a apresentação deste importante Estudo, único no panorama nacional, a Secção Regional da Ordem dos Enfermeiros volta a demonstrar a sua preocupação e o seu trabalho ativo, em prol do exercício da Enfermagem nos Açores.

 

Pode ouvir aqui a notícia emitida da Antena1 Açores

Pode ler aqui a notícia publicada pelo Açoriano Oriental

CDR/LF/LL/rcl