Tomada de posição da OE sobre acesso aos cuidados de Saúde Materna e Obstétrica

  • 06-07-2022

A Ordem dos Enfermeiros defende a criação de Centros de Parto Normal junto dos serviços de obstetrícia, como propõe a Organização Mundial da Saúde (OMS), como forma de rentabilizar os recursos humanos, designadamente os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO), e assim garantir a acessibilidade aos cuidados de saúde materna e obstétrica.

 

Esta tomada de posição, emitida pela Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica (MCEESMO) foi envida pela OE à ministra da Saúde, na sequência dos constrangimentos severos a que temos assistido nas últimas semanas.

 

Este modelo permitiria que os hospitais com centros de parto normal -  conceito que consta de um documento emanado pela OMS em 1996 – necessitassem de menos médicos de apoio à sala de partos, libertando também médicos e enfermeiros de famílias das consultas de gravidez, que devem ser realizadas pelos EEESMO das UCC. É a própria OMS que reconhece que os EESMO “podem lidar com a maioria das gestações com segurança e têm as habilidades para encaminhar situações complexas a um médico”.

 

“Este modelo seria, por isso, o garante da continuidade dos cuidados, entre o pré-natal e o pós-natal (por exemplo, na assistência na amamentação e recuperação pós-parto”, defende a Ordem dos Enfermeiros, lembrando que Portugal dispõe de um número significativo de Enfermeiros EESMO, técnica e cientificamente reconhecidos, habilitados com as competências decorrentes da Directiva nº 2005/36/CE de 7 de Setembro, transposta pela Lei nº9/2009, de 4 de Março, e pelo Regulamento nº 391/2019, de 3 de Maio.

 

Os centros de parto normal são, assim, uma oportunidade de rentabilizar os recursos e contribuir para uma experiência positiva de parto.

 

Leia aqui a tomada de posição na íntegra