ASAE conclui que Ordem dos Enfermeiros não contribuiu para a Greve Cirúrgica

O Governo levantou a suspeita de que a Ordem dos Enfermeiros teria financiado a greve cirúrgica e usou este argumento para dar início ao processo de sindicância, movido pela Ministra da Saúde. Uma entidade independente do Ministério da Saúde e do Governo vem agora refutar essas acusações.

 

“O Sr. Primeiro-Ministro devia pedir desculpa aos Enfermeiros e a mim própria que fui acusada, durante meses, de ter desviado dinheiro da OE para financiar a greve cirúrgica, o responsável máximo de um governo não pode Governar com base em boatos e o Sr. Primeiro-Ministro mentiu aos Portugueses”, refere a Bastonária da OE, Ana Rita Cavaco.

 

Foi tornado público o relatório da investigação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ao fundo solidário para a greve cirúrgica dos Enfermeiros.

 

A ASAE inspeccionou a plataforma digital de suporte à angariação de fundos e concluiu, de modo inquestionável que “não tendo sido verificado qualquer ilícito”, fica claro que não houve contribuição da Ordem dos Enfermeiros, conforme avança o Jornal Expresso.

 

Caem por terra as suspeitas do Governo na origem dos donativos para apoiar os Enfermeiros ausentes dos blocos operatórios. 

 

Na nota enviada, a ASAE conclui que, “de forma genérica, é denominador comum o facto de os apoiantes se apresentarem como pessoas singulares com um montante médio de subscrição não representam um peso relevante ou significativo no montante global angariado”. Ou seja, “em qualquer das campanhas, não foi detectada qualquer operação suspeita do ponto de vista do branqueamento de capitais”.