III Encontro de Deontologia Profissional

Grande adesão e elevada qualidade das intervenções marcam III Edição do Encontro

  • 10-12-2018

 

Decorreu na passada sexta-feira, dia 7 de dezembro, no Auditório da Biblioteca Municipal de Vila do Porto – Ilha de Santa Maria – o III Encontro de Deontologia Profissional intitulado “A Vulnerabilidade da Pessoa Humana: Que Compromissos?”.  A iniciativa promovida pela Secção Regional da Região Autónoma dos Açores (SRRAA) da Ordem dos Enfermeiros, através do Conselho Jurisdicional Regional, acabou por resultar, de acordo com Luís Furtado, Presidente do Conselho Diretivo Regional (CDR), “daquilo que foi uma opção clara desta equipa da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros de promover, de forma descentralizada, e nas ilhas de menor dimensão, iniciativas cujo contributo para a comunidade profissional e civil se espera proveitoso”.

 

Dedicado ao tema " A Vulnerabilidade da Pessoa Humana: Que Compromissos?", o Encontro de Deontologia Profissional juntou durante meio dia, cerca de meia centena de pessoas, entre enfermeiros, outros profissionais de saúde, cidadãos marienses, agentes e profissionais do setor social e deputados da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, num amplo e construtivo debate, com intervenções de excecional qualidade.


Na sessão de abertura do Encontro de Deontologia Profissional, Luís Furtado destacou a importância de abrir este tipo de debates a toda a sociedade. 

"Escolhemos convictamente o caminho da proximidade aos enfermeiros e à comunidade. Hoje os enfermeiros e os cidadãos açorianos sabem que esta Secção Regional está, efetivamente, comprometida com eles e dispõe-se a prestar o seu humilde, mas seguro, contributo naquilo que é um processo contínuo de construção e consolidação do seu empoderamento e de uma cidadania consciente e esclarecida, num sistema complexo e dinâmico.", referiu. 

 

Para Luís Furtado, “num ano em que esta Secção Regional escolheu o sector social, designadamente os lares de idosos e as estruturas da rede regional de cuidados continuados integrados, como foco da sua intervenção, assumindo posições públicas difíceis e apontando problemas e situações que não poderiam passar em claro, não nos faria sentido outra coisa que não terminar este mesmo ano, discutindo, de forma aberta, e para toda a comunidade, as questões que orbitam a vulnerabilidade da pessoa humana, a proteção dos mais desfavorecidos, aquilo que tem sido feito neste plano e, acima de tudo, aquilo que urge ser feito.”

 

O Presidente do CDR deixou também uma palavra de incentivo e reconhecimento a todas aqueles que, com muitas dificuldades, prestam um contínuo serviço à comunidade, referindo-se às IPSS, Misericórdias e demais associações, defendendo a necessidade de “encontrar soluções para os problemas concretos das pessoas sem que tenhamos a necessidade de as afastar do seu meio. De alguma forma, tarde ou cedo – esperemos que cedo – a sociedade, e o sistema, terão de encontrar um caminho que assegure uma resposta efetiva às necessidades das nossas comunidades. O contexto social, demográfico e económico assim o determinam, os nossos cidadãos exigem-no!”.


Também o Presidente do Conselho Jurisdicional Regional, Ricardo Pacheco, no encerramento do III Encontro de Deontologia Profissional, e em jeito de balanço, reconheceu o importante contributo da iniciativa quer para os profissionais presentes, quer para a sociedade civil em geral. No seu entender, é fundamental mostrar aos outros o pensamento profissional sobre estas matérias, com o intuito de, conjuntamente, se proporcionar um crescimento coletivo saudável, onde todos os interessados podem expressar, livremente, a sua opinião de forma construtiva, como de resto foi o que aconteceu em Vila do Porto, no passado dia 7 de dezembro.

 

CDR/LF/rcl