Conselho de Enfermagem Regional

Dia Mundial da Doença de Alzheimer

  • 21-09-2022

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que deteriora de forma irreversível as funções cognitivas, sendo a forma mais comum de Demência. É uma doença rara, abaixo dos 60 anos, e muito frequente depois dos 85 anos, sendo que, em Portugal, dos 150 mil utentes com demência, 90 mil são por Alzheimer.

 

A idade, a hipertensão arterial, o tabagismo, a obesidade, a diabetes, entre outros, são alguns dos fatores de risco que predispõem ao aparecimento da doença.

 

Na fase inicial, os sintomas podem ser muito subtis, começando, frequentemente, por lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras para objetos do quotidiano. Outros sinais e sintomas que podem surgir são: maior gasto de tempo na realização de atividades quotidianas; incapacidade para compreender questões e instruções; imprevisibilidade emocional; entre outros.

 

Atualmente, não existe cura para a doença, sendo essencial a atuação nos fatores de risco modificáveis e a adoção de comportamentos que ajudem a manter ou aumentar a reserva cognitiva, nomeadamente, atividade física regular, cessação tabágica, adoção de uma dieta variada e saudável e permanecer mental e socialmente ativo.

 

A resposta a esta problemática exige uma intervenção interdisciplinar, onde o enfermeiro desempenha um papel essencial na sensibilização e educação da população para a doença; na identificação de fatores de risco; na deteção precoce de sinais de alerta; na prestação de cuidados de saúde ao utente e na educação, sensibilização e suporte dos cuidadores familiares em todas as fases da doença.

 

Fontes: Associação portuguesa de familiares e amigos dos doentes de Alzheimer; Hospitais dos Lusíadas e da Luz; Ordem dos Enfermeiros; OMS; Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

 

Enfermeira Sofia Machado Sousa

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica; Enfermeira na Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel.

CER/SS/cf