Conselho de Enfermagem Regional

Dia Europeu da Depressão

  • 01-10-2022

Difícil de descrever para quem a conhece e um estado quase inimaginável para quem nunca a vivenciou, é uma dor da alma que torna os dias cinzentos e enfraquece o corpo deixando-o cansado e incapaz — falamos de Depressão e é possível superá-la.

 

Infelizmente, viver com Depressão é uma realidade cada vez mais comum e a Organização Mundial da Saúde já a reconhece como sendo, globalmente, a principal causa de incapacidade. Cerca de 280 milhões de pessoas no mundo sofrem de Depressão (OMS, 2021) e Portugal ocupa a 5ª posição entre os países com mais casos – aproximadamente 8% dos portugueses estão diagnosticados com essa perturbação (SNS, 2022).

 

Muito mais que um sentimento de tristeza, com o qual muitas vezes se confunde, a Depressão tem impacto nas tarefas diárias, no trabalho, nas atividades sociais, na relação com o outro e com o próprio. Embora atualmente exista uma maior sensibilização para esta problemática, persistem ainda muitos mitos e preconceitos. O medo do estigma e da incompreensão, faz com que muitas pessoas evitem procurar ajuda e tratamento adequado, que inclui não apenas medicação antidepressiva, mas também psicoterapia. Com o objetivo de desmistificar esta doença mental, sensibilizar para a sua prevenção e tratamento e também dar visibilidade aos que dela sofrem, assinala-se a 1 de outubro o Dia Europeu da Depressão.

 

A prevenção, através da implementação de boas práticas diárias de autocuidado, é de extrema importância para aumentar a resiliência. Assim, adotar uma alimentação saudável, praticar exercício físico, dormir bem, melhorar o autoconhecimento, desenvolver estratégias e ferramentas internas para lidar com as adversidades da vida, desfrutar de pequenos prazeres, dar tempo a si próprio, manter-se próximo de familiares e amigos e desabafar quando necessário, são alguns exemplos.

 

A Depressão não afeta apenas quem dela sofre, mas também os que lhe são próximos e a comunidade em geral, pelo que é fundamental o papel de todos no combate a esta doença contribuindo para uma sociedade mais empática, tolerante e altruísta.

 

 

Enfermeira Sara Castro

Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, membro suplente do Conselho de Enfermagem Regional da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros.

CER/SC/cf