BALANÇO DO MANDATO 2016-2019

Ao serviço da Enfermagem e dos cidadãos açorianos

  • 30-09-2019

No culminar do período em que o País esteve intervencionado pela Troika, onde vários serviços ligados ao setor publico sofreram inúmeras alterações e cortes, quer ao nível de recursos disponíveis, quer ao nível de pessoal, 2016 constituía-se como um ano de grandes desafios para todos os cidadãos e, muito concretamente, para os profissionais de enfermagem.

 

Apesar da Região Autónoma dos Açores não ter sido afetada de igual forma que o continente português, o período histórico referido também foi de contenção e, no setor da saúde, o quadriénio 2016-2019 apresentava-se repleto de desafios e de metas a alcançar para os enfermeiros que exerciam no Arquipélago.

 

Conscientes das dificuldades que iriam encontrar, foram quatro as listas que se apresentaram a escrutínio para o ato eleitoral que teve lugar em dezembro de 2015.

 

UMA CANDIDATURA INDEPENDENTE: UM PROJETO PARA OS AÇORES.

O facto de vivermos num contexto insular muito próprio, com realidades distintas de ilha para ilha e até de concelho a concelho, e onde a afetação de recursos e de infraestruturas físicas na área da saúde não tem paralelo no contexto nacional, tornava imperioso que a equipa que tomaria as rédeas da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores (SRRAA) da Ordem dos Enfermeiros tivesse um conhecimento profundo destas especificidades. Tendo esta premissa como suporte, a Lista B apresentava-se com um elenco de membros capaz e sólido, albergando, para os cinco órgãos estatutários da SRRAA, enfermeiros das mais variadas ilhas dos Açores.

 

Com o mote “Um Arquipélago, Uma Enfermagem”, este projeto liderado pelo Enf. Luís Furtado, que já tinha integrado o anterior Conselho Diretivo Regional, propunha-se a prosseguir o caminho de afirmação da enfermagem açoriana, continuando a desenvolver todos os esforços para que o reconhecimento e a valorização das competências autónomas dos enfermeiros que exercem no contexto insular, fossem uma realidade.

 

Para alcançar este intuito, a Lista B apresentava-se ao ato eleitoral com uma candidatura independente e que não integraria, nem apoiaria, nenhuma das listas nacionais. Esta opção, pela independência face às listas nacionais, brotou da profunda convicção de que só assim, com autonomia, se poderia trilhar um caminho que melhor serviria os interesses dos enfermeiros e da população, rumo a um Serviço Regional de Saúde mais eficaz e direcionado para as reais necessidades dos açorianos.

 

UM RESULTADO EXPRESSIVO

No ato eleitoral, realizado no dia 15 de dezembro 2015, que teve a particularidade de ter sido o primeiro que se realizou por meio do voto eletrónico, pertencia aos 1989 enfermeiros em condições de exercer o direito de voto, a missão de escolher a equipa e o projeto que os lideraria até ao final do ano de 2019.

 

Após contabilizados os votos, apurou-se que a Lista B “Um Arquipélago, Uma Enfermagem”, foi a mais votada pelos enfermeiros, alcançando o expressivo resultado de 47%, correspondendo a 342 dos 726 votos válidos. Este foi o melhor resultado isolado de todo o país neste ato eleitoral (resultados aqui).

 

Com esta escolha, os enfermeiros açorianos indicaram para a presidência dos cinco órgãos estatuários, os seguintes representantes (consulte aqui o elenco diretivo completo do mandato 2016/2019):

Mesa da Assembleia Regional – Enfermeira Marta Loura

Conselho Diretivo Regional – Enfermeiro Luís Furtado

Conselho Jurisdicional Regional – Enfermeiro Ricardo Pacheco

Conselho Fiscal Regional – Enfermeira Antonieta Braga

Conselho de Enfermagem Regional – Enfermeiro Márcio Tavares

 

PELA ENFERMAGEM AÇORIANA

No dia 25 de janeiro de 2016, numa cerimónia realizada no Hotel Royal Garden, em Ponta Delgada, tomaram posse os Órgão Estatutários Regionais para o mandato 2016-20109.

 

No primeiro discurso, enquanto responsável máximo pelos destinos da SRRAA, Luís Furtado começou por destacar, “o espírito independente deste projeto que a partir de hoje, formalmente, dá os primeiros passos, equilibrando-se com as atribuições estatutárias de trabalhar em conjunto, de forma concertada, com toda a estrutura da Ordem dos Enfermeiros, pelo que é um projeto de entendimentos, de concórdia, e que procura uma visão comum”.

 

O Presidente do CDR reforçou a ideia de que “esta Secção Regional irá cultivar uma relação de respeito e cooperação institucionais, na salvaguarda, porém, dos valores defendidos por esta equipa, e sufragados no passado dia 15 de dezembro pelos enfermeiros açorianos”.

 

No seu discurso de tomada de posse, Luís Furtado deixou ainda uma mensagem de confiança aos enfermeiros açorianos.

 

“Apesar de difícil, o tempo hoje é de luta. Luta pela continua afirmação da profissão, num sector tantas vezes hostil para nós, que tarda em reconhecer a centralidade desta profissão como a pedra angular da organização e prestação de cuidados de saúde. É tempo de lutar para preservar a conquista que para nós foi a autorregulação, há 18 anos atrás conseguida por um grupo de enfermeiras e enfermeiros que ousaram acreditar".

CDR/LF/LL/rcl