Pensar Saúde - Conselho de Enfermagem Regional SRRAA

04 FEV | Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

  • 04-02-2022

O Dia Mundial da Luta Contra o Cancro comemora-se a 4 de fevereiro, sendo uma iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC), a maior e mais antiga organização internacional que se dedica a combater o cancro. Sendo uma rede de cooperação internacional, a UICC é composta por diferentes membros e organizações, tendo representatividade e possibilidade de contribuir em discussões e encontros ao mais alto nível direcionados para políticas de saúde na área da oncologia.

 

A UICC tem como principal objetivo sensibilizar a população mundial e mobilizá-la na luta contra o cancro. 10 milhões de pessoas morrem de cancro anualmente, isto é, mais do que a SIDA, malária e tuberculose juntas.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), fundada em 1941, é uma das mais antigas instituições no espaço europeu na luta contra o cancro. A LPCC é membro da UICC desde 1983, colaborando ativamente no desenvolvimento e implementação de políticas de saúde através de projetos nacionais e internacionais.

 

Até 2030, os especialistas estimam que as mortes por cancro subirão para 13 milhões se não agirmos. Mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado. Outro terço pode ser curado se for detetado precocemente e tratado adequadamente.

A pandemia de COVID-19 afetou significativamente os doentes com cancro devido ao adiamento do rastreio, a atrasos e a alterações dos tratamentos.

 

O cancro relacionado com a atividade profissional continua a ser um dos maiores problemas de saúde que os locais de trabalho enfrentam em toda a Europa. De acordo com o Roteiro sobre agentes cancerígenos, mais de metade das mortes relacionadas com a atividade profissional na UE estão associadas à exposição a agentes cancerígenos no local de trabalho.

 

Para a prevenção, deteção precoce e tratamento, temos de implementar estratégias e recursos adequados, podendo salvar até 3,7 milhões de vidas por ano. Acreditamos que muitas destas mortes seriam evitáveis com maior apoio governamental e financiamento para programas de deteção precoce, prevenção e tratamento. Deve haver igualdade de acesso a meios de diagnóstico, tratamento e cuidados em oncologia.

 

Zélia Martins

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica

Enfermeira Chefe na EAID – USISM

Presidente do Conselho de Enfermagem Regional

 

CER/ZM/rl