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09-04-2020
Infectados a Sul
No distrito de Lisboa há 72 Enfermeiros infetados com o novo coronavírus (SARS-CoV-2) que provoca a covid-19. É o número mais alto registado de entre os sete distritos da região de influência da SRSul que no total somam 105 infectados. Em vigilância activa, a aguardar a realização de testes ou os resultados, depois de contactos directos com doentes covid-19, encontram-se 288, com a zona da capital também à frente contando 155 Enfermeiros em casa.
Estes números resultam do inquérito lançado há uma semana pela Ordem dos Enfermeiros, ao qual responderam 20 771 Membros a nível nacional, o que corresponde a cerca de 50% dos que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS). De acordo com a amostra, há no País 363 infectados, número superior aos divulgados pela DGS.
Na área de jurisdição da SRSul, o distrito de Évora permanece sem revelar Enfermeiros infectados, tendo Portalegre apenas um. Aliás, o Alentejo é a zona menos fustigada pela pandemia. Depois de Lisboa, surge Setúbal com 18 portadores da doença.
Além dos 288 que permanecem em casa a aguardar a realização de testes ou os resultados, encontram-se também 529 em vigilância activa sem sintomatologia, e 96 em vigilância passiva a aguardar a realização do teste.
A estes, acrescem os 666 Enfermeiros que se encontram em vigilância passiva sem a realização de testes. É um dado preocupante porque, conforme denunciou a Ordem, “os Enfermeiros continuam a não ser testados, pondo em perigo a única linha de defesa à pandemia da covid-19. No entender da Ordem, “os profissionais da saúde deviam ter prioridade no acesso aos testes, seguindo as recomendações da OMS”.
O inquérito revela ainda que, na área de jurisdição da SRSul, quatro Enfermeiros ficaram curados da doença covid-19, e que 8 596 já tiveram contactos com pessoas doentes ou suspeitas de ter a doença. Ou seja, quase um terço dos Enfermeiros da SRSul trabalham em risco todos os dias.