Enfermeiro português herói em Inglaterra

  • 12-04-2020

O Primeiro-Ministro britânico teve alta e agradeceu (ver vídeo) a todos quanto o ajudaram, mencionando em especial a Enfermeira Jenny, da Nova Zelândia, e o Enfermeiro Luís, português, nascido em Aveiro, que estiveram ao seu lado 24 horas por dia.

Luís Pitarma é de Aveiro e tem 29 anos e trabalha no St Thomas' Hospital, em Londres. O enfermeiro mudou-se para Lisboa em 2009 para estudar na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, curso que terá completado em 2013, depois de uma experiência de Erasmus na Universidade de Ciências Aplicadas, em Lahti, na Finlândia, segundo a informação apresentada no perfil de Linkedin.

Foi ele o enfermeiro português que esteve ao lado de Boris Johnson. Depois do Primeiro Ministro britânico lhe ter agradecido publicamente, Marcelo Rebelo de Sousa fez o mesmo.

O Presidente da República agradeceu o “empenho de todos os profissionais de saúde” na luta contra a covid-19 e revelou que falou com o enfermeiro português que tratou o primeiro-ministro britânico.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na ‘internet’, o chefe de Estado salienta “o especial reconhecimento apresentado hoje pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao enfermeiro português Luís Pitarma pelo seu trabalho e vigilância durante o internamento nos cuidados intensivos”.

O português e uma enfermeira da Nova Zelândia, receberam um agradecimento especial por terem acompanhado Boris Johnson nos cuidados intensivos, numa mensagem na rede social Twitter.
"Quero agradecer às muitas enfermeiras, homens e mulheres, cujos cuidados têm sido tão surpreendentes. Vou esquecer alguns nomes, então perdoem-me, mas quero agradecer a Po Ling e Shannon e Emily e Angel e Connie e Becky e Rachael e Nicky e Ann".
"E espero que não se importem se eu mencionar em particular dois enfermeiros que ficaram ao meu lado durante 48 horas quando as coisas poderiam ter dado para o torto. São a Jenny da Nova Zelândia, Invercargill, na Ilha Sul, para ser exato, e Luís, de Portugal, perto do Porto”, acrescentou.
A mensagem foi publicada pouco depois de ter sido anunciado que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu alta do hospital, onde estava internado desde 05 de abril, inicialmente “por precaução” para fazer testes devido a sintomas persistentes da doença.
Um agravamento do estado de saúde levou à passagem para uma unidade de cuidados intensivos na segunda-feira, onde passou três noites, encontrando-se desde quinta-feira numa enfermaria normal.
“A conselho da sua equipa médica, o primeiro-ministro não vai regressar imediatamente ao trabalho”, disse hoje um porta-voz, acrescentando que Boris Johnson agradece "a todos em St Thomas 'pelo excelente tratamento que recebeu".
Num depoimento tornado público no sábado à noite, Boris Johnson, tinha já declarou a propósito dos profissionais de saúde que o trataram: "Não posso agradecer-lhes o suficiente. Devo-lhes a minha vida".
Boris Johnson, de 55 anos, foi o primeiro líder mundial a ser diagnosticado com a doença, a 26 de março, inicialmente com sintomas ligeiros de tosse e febre, o que o levou a continuar a trabalhar durante o período de isolamento.
Chegou a receber oxigénio, mas, segundo os seus assessores, não necessitou de apoio respiratório por ventilador.
A ministra do Interior, Priti Patel, disse no sábado que “é vital que o primeiro-ministro fique bom” e que "ele precisa de tempo e espaço para descansar, restabelecer-se e recuperar".
Quando foi internado nos cuidados intensivos, o primeiro-ministro designou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, enquanto ministro de Estado, para o substituir na chefia do governo enquanto estivesse ausente.