Ordem lamenta discriminação de Enfermeiros no apoio às famílias com filhos menores

A Ordem dos Enfermeiros escreveu às ministras do Trabalho e da Saúde sobre a ausência de medidas de apoio excepcionais às famílias dos profissionais de Saúde com filhos menores, especialmente os Enfermeiros, que estão a ser duplamente penalizados, como demonstram as exposições que têm chegado à OE.

 

Está em causa uma sobrecarga de trabalho penalizadora das suas vidas pessoais e familiares, devido ao combate à pandemia, e, ao mesmo tempo, a sujeição a uma perda de rendimento insustentável e incompreensível.

 

“A impossibilidade de partilhar o apoio excepcional aos filhos implica nos agregados familiares dos profissionais de saúde um corte de 1/3 do rendimento familiar, situação esta insustentável face aos encargos fixos de inúmeras famílias”, explica o vice-presidente da OE, Luís Barreira, no ofício enviado aos dois ministérios.

 

A OE entende que apesar da sua disponibilidade e prontidão nos últimos dois anos, os profissionais de saúde e respectivas famílias não têm tido a devida e esperada protecção social, ao contrário da generalidade dos trabalhadores com filhos menores, que auferem a totalidade do vencimento.

 

“Num momento em que tanto tem sido exigido aos profissionais de saúde, e aos Enfermeiros em particular, não podemos deixar de lamentar a ausência de medidas que, na medida do exigível, os protejam e às suas famílias, situação para a qual urge solução”, exige a Ordem dos Enfermeiros.