Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC): Portimão recebe atividades que procuram prevenir patologia e apoiar doentes

Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC): Portimão recebe atividades que procuram prevenir patologia e apoiar doentes

Pelo impacto desta doença como principal causa de morte e de incapacidade, a Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação (MCEER) não quis deixar de assinalar mais um Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC), efeméride celebrada a 31 de março.

Assim, a Ordem dos Enfermeiros (OE), através da MCEER, vai realizar um rastreio, bem como um circuito de ensino e treino sobre questões como mobilização de pessoas dependentes, utilização de cadeiras de rodas, andarilhos, etc.

A atividade contempla ainda uma sessão solene e uma palestra sobre educação para a saúde, além de uma caminhada.

A iniciativa, que decorrerá a 6 de abril, está a ser organizada em parceria com a Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação (APER), Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (NER de CHBA), Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Portimão, Administração Regional de Saúde do Algarve e com o TEMPO - Teatro Municipal de Portimão.

Com este evento a OE pretende sensibilizar a população para as vantagens de adotar hábitos e estilos de vida saudáveis, diminuindo assim o risco de AVC e capacitando o cidadão para identificar precocemente os sinais de AVC. Procura-se, igualmente, esclarecer a população sobre os cuidados de Enfermagem de Reabilitação a que as pessoas com AVC podem e devem ter acesso.

Consulte o cartaz alusivo a este dia.

A Comissão Científica deste evento é composta pela Enf.ª Alexandra Ferreira, Enf.º Nuno Costa e Enf.ª Paula Santos, todos especialistas em Enfermagem de Reabilitação.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, dos 103.203 óbitos verificados em Portugal em 2011, 31.670 foram causados por doenças do aparelho circulatório - onde o AVC se insere.

Por outro lado, o AVC tem um impacto considerável a nível funcional, cognitivo e social da pessoa, com implicações na sua família e comunidade. Estamos a falar de uma pessoa que de um momento para o outro pode deixar de ser autónoma e passar a depender de outras pessoas/ familiares ou de instituições de apoio.

O tratamento do AVC implica uma intervenção multidisciplinar e entre os vários profissionais que intervêm junto do doente encontram-se os enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação (EEER). Pela sua formação e competências acrescidas, os EEER podem intervir precocemente na fase aguda do AVC, iniciando desde logo um plano de reabilitação. Este mesmo plano mantém-se ativo na fase crónica da doença, quer no hospital quer em casa, envolvendo e apoiando também o prestador de cuidados e/ou a família no processo de reaprendizagem das novas capacidades do cidadão.

Enf. Belmiro Rocha

Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação

 

 

AVC - COMO PREVENIR E ATUAR

Sabendo que a melhor forma de combater o AVC passa pela sua prevenção, a MCEER sublinha a importância de envolver os cidadãos na defesa da sua própria saúde e de prevenir o AVC.
Recordamos, pois, os principais fatores de risco para o AVC:

  • Hipertensão arterial – ou seja, pressão arterial sistólica (conhecida por «tensão alta) igual ou superior a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (conhecida por «tensão baixa) igual ou superior a 90 mmHg.
  • Dislipidemia ou colesterol elevado – o colesterol total é encarado como fator de risco se for superior a 200 mg/dl, mas existe uma maior propensão para o AVC quando é superior a a 240 mg/dl.
  • Tabagismo – o tabaco é fator de risco para todas as doenças cardiovasculares, entre outras.
  • Sedentarismo - a não realização de pelo menos 4 horas semanais de caminhada ou outro exercício físico é outro dos fatores de risco comum a várias patologias físicas e mentais.
  • Diabetes – é considerado diabética a pessoa que registe uma glicemia em jejum de 126 mg/dl em duas ocasiões diferentes, ou glicemia não em jejum de 200 mg/dl numa ocasião, confirmada por um valor em jejum de 126 mg/dl.
  • Obesidade – ou seja, qualquer pessoa que tenha um índice de massa corporal superior a 30.
  • Alcoolismo – ou dependência de bebidas alcoólicas.
  • Fibrilhação auricular – ou seja, uma perturbação do ritmo e da frequência de batimento do coração que geralmente é traduzida em palpitações.

Recordamos, igualmente, os principais sinais e sintomas do AVC:


  • Formigueiro na cara ou num membro;
  • Dificuldade em falar e linguagem arrastada;
  • Falta de força num braço ou numa perna;
  • Dificuldade em engolir;Boca «ao lado»;
  • Perturbação da visão;
  • Alteração da memória;
  • Fortes dores de cabeça.

Face a estes sinais e sintomas deve ser imediatamente acionado o 112.

 

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