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28-05-2019
Ordem congratula-se com decisão da OMS sobre o ‘burnout’
A Ordem dos Enfermeiros saúda a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de incluir na lista de doenças o "burnout", estado de esgotamento físico e mental causado pelo exercício de uma atividade profissional, classificação que vigorará a partir de Janeiro de 2022.
Os Enfermeiros são uma das classes profissionais mais afectadas pelo ‘burnout’, como a Ordem tem vindo a denunciar desde 2016, quando um estudo que foi divulgado em Portugal pela Universidade do Minho em parceria com a OE revelou que um em cada cinco Enfermeiros trabalhava já em situação de exaustão e dois terços trabalhavam com um nível de stress muito elevado. O mesmo estudo revelou também que os Hospitais com maior número de Enfermeiros e menor exaustão de Enfermeiros tinham menos 30% de infecções hospitalares.
"Em Portugal, as pessoas ainda não estão muito despertas para esta questão, que é uma questão muito séria, com consequências directas na prestação dos cuidados de saúde”, considera a Bastonária, Ana Rita Cavaco, lembrando, mais uma vez, que o SNS tem uma média de 4,2 Enfermeiros por mil habitantes quando a média da OCDE é de 9,3.
Preocupada com esta questão, a Ordem encomendou um estudo sobre o desgaste, condições de trabalho e vida dos Enfermeiros em Portugal, cujos resultados serão divulgados ainda este ano.
A doença, de acordo com a OMS, caracteriza-se por um sentimento de exaustão e eficácia profissional reduzida.