OMS e parceiros pedem investimento urgente para os Enfermeiros

  • 07-04-2020

Perante a pandemia Covid-19, a Organização Mundial de Saúde em parceria com o International Council of Nurses (ICN) e a campanha internacional Nursing Now publicaram hoje um relatório intitulado The State of the World's Nursing, onde são identificadas as principais lacunas na força de trabalho da Enfermagem e áreas prioritárias de investimento como educação, emprego e liderança na profissão.

 

O relatório revela que, actualmente, existem pouco menos de 28 milhões de Enfermeiros em todo o mundo. Entre 2013 e 2018, o número de Enfermeiros aumentou 4,7 milhões. Mas estes valores ainda deixam um défice global de 5,9 milhões - com as maiores lacunas encontradas nos países africanos, sudeste asiático e na região do Mediterrâneo Oriental da OMS, bem como em algumas partes da América Latina. 

 

 O documento revela também que, mais de 80 por cento dos Enfermeiros do mundo trabalham em países que abrigam metade da população mundial. E uma em cada oito enfermeiros desempenha a sua profissão num país diferente daquele em que nasceram ou se formaram. O envelhecimento também ameaça a força de trabalho dos Enfermeiros: um em cada seis Enfermeiros do mundo deverá reformar-se nos próximos 10 anos. 

 

Para evitar a escassez global, estima-se que os países com escassez de enfermeiros precisam de aumentar em média 8% por ano, o número total de graduados em Enfermagem, juntamente com a melhoria da capacidade destes serem contratados e retidos no sistema de saúde.

 

Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-Geral da OMS, refere que: “Os enfermeiros são a espinha dorsal de qualquer sistema de saúde. Hoje, muitos enfermeiros encontram-se na linha da frente na batalha contra a Covid-19", "Este relatório é uma clara recordação do papel único que desempenham, e uma chamada de atenção para garantir que recebem o apoio de que precisam para manter o mundo saudável."

 

Consulte aqui o relatório da OMS, ICN e Nursing Now em detalhe.