Primeiro aniversário do CRI de Obesidade do CHUSJ

  • 07-02-2020

A Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros marcou presença, esta manhã, no primeiro aniversário do Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Obesidade do Centro Hospitalar e Universitário de S. João, numa sessão promovida pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

 

João Paulo Carvalho e Leonel Fernandes, estiveram em representação da Ordem dos Enfermeiros, na Aula Magna da Faculdade de Medicina do Porto para uma reflexão sobre a situação actual da implementação dos CRI como modelo de gestão dos cuidados no SNS.

 

Durante a mesa de abertura, Alexandre Lourenço, em representação da APAH, enalteceu os feitos atingidos pelos hospitais tendo em conta as dificuldades que atravessam. Na opinião do gestor, factor decisivo para o sucesso deste primeiro ano do CRI de Obesidade, foi o facto de, naquela “mesma sala, há cerca de um ano, se terem reunido os profissionais”. Segundo o gestor, as opiniões dos profissionais de saúde foram tidas em consideração no sentido de melhorar aquele programa de gestão. Seguiu-se Fernando Araújo, Presidente do CA do S. João, que enalteceu a proximidade da Faculdade com o Hospital, afirmando que esta proximidade entre o meio académico e hospitalar foi fundamental para o sucesso da operação e ressalvando que o Centro Hospitalar partilha com a Universidade “muito mais do que o condomínio”.

 

Como oradores convidados estiveram Ricardo Mestre, da ACSS, John Preto, coordenador da CRI de Obesidade do S. João e Adalberto Campos Fernandes, ex-Ministro da Saúde.

O ministro com a pasta da saúde do XXI Governo Constitucional, depois dos tradicionais cumprimentos, começou por afirmar que “não podemos encontrar velhas soluções para velhos problemas”, acrescentando que “a dedicação exclusiva é um erro. É preciso fugir ao normativismo programático”, afirmando que as respostas hospitalares devem ser ajustadas às necessidades. O antigo governante, numa clara alusão à linha seguida pela sua sucessora, afirmou ainda que é um erro terminar PPPs por “capricho ideológico”, sendo necessário avaliar cada situação. Por fim, Campos Fernandes, claramente feliz com os resultados deste projecto, relembrou que “As pessoas têm de ser acarinhadas” sendo que esse “carinho” não se faz “com palavras” e defendendo que “um acréscimo remuneratório é um incentivo”.

 

A sessão prosseguiu com intervenção de John Preto e Ricardo Mestre que detalharam as conclusões obtidas pelo programa ao longo deste primeiro ano de vida.

RPR