João Paulo Carvalho recordou dificuldades identificadas em Bragança no XI Congresso da ASPESM

  • 19-10-2018

Bragança acolhe, por estes dias, o IX Congresso Internacional da ASPESM - Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, em paralelo com o II Seminário Internacional de Investigação em Saúde Mental. Sob o desígnio Saúde Mental para Todos, o evento conta com a participação de dezenas de especialistas, nacionais e internacionais, em matérias como a intervenção psicoterapêutica ou a capacitação de familiares e cuidadores domiciliários. Conferências, workshops, comunicações orais e apresentação de projetos de investigação estão a marcar a agenda de trabalhos, entre 17 e 19 de Outubro, nas instalações do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). 

 

Na sessão de abertura, que teve lugar na tarde de ontem, no Auditório Eng. Alcínio Miguel do IPB, o presidente do Conselho Directivo Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros considerou oportuna a escolha do nordeste transmontano para acolher o Congresso da ASPESM. “No ano passado, o nosso programa Pelo Norte da Enfermagem passou por cá e identificamos que existia uma lacuna muito clara ao nível dos recursos humanos para a saúde mental”, justificou João Paulo Carvalho. 

 

O dirigente da Ordem dos Enfermeiros (OE) mostrou esperança em ver esta iniciativa representar algo “mais do que três dias de trabalho” em Bragança. “Gostaria que, depois de este congresso acontecer, houvesse uma aposta mais eficaz e mais eficiente na saúde mental deste distrito”, reforçou, recordando que a população transmontana “tem necessidades muito bem identificadas” e que carecem de uma resposta. 

 

João Paulo Carvalho assegurou também a disponibilidade da OE para colaborar na procura dessas soluções e deixou um desafio aos enfermeiros presentes na sala: “procurem fazer a diferença junto das nossas populações”. Por exemplo, sugeriu o presidente da SRNOE, candidatando projetos ao Orçamento Participativo da instituição. “Projetos que façam a diferença”, acrescentou, sublinhando que “as ordens profissionais não podem servir apenas para levar as quotas ao fim do mês, também têm de dar ferramentas e abrir canais que sirvam para o bem comum”. 

 

A sessão de abertura contou ainda com a presença de Carlos Sequeira, presidente da ASPESM, e com as intervenções de Albano Alves, vice-presidente do IPB; Adília Fernandes, diretora da Escola Superior de Saúde de Bragança; Carlos Alberto Vaz, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste e Hernâni Dias, presidente da Câmara Municipal de Bragança.

GCIN/RPR