Existe uma nova realidade na organização dos serviços de urgência?

  • 05-11-2021

A resposta a esta questão chega-nos através do Enfermagem às Quintas de dia 11 de Novembro, pelas 21h30. Não deixe de garantir já o seu lugar, através de inscrição no evento, listado no Balcão único. 
 
Os Serviços de Urgência (SU), enquanto unidades públicas de atendimento de doentes urgentes e emergentes, permitem o acesso livre e universal dos cidadãos aos cuidados de saúde. A reestruturação da rede nacional de urgência surgiu com o intuito de permitir cobertura nacional e distribuição baseada, não só pela densidade populacional, mas também pela distância/tempo de acesso a esses serviços.
O acesso aos SU, provém da referenciação de profissionais liberais, unidades hospitalares, centros de saúde ou dos CODU. Contudo, o maior número de pessoas que recorrem a estes serviços, fazem-no por vontade própria, independentemente de se encontrarem perante uma situação de urgência ou pela necessidade uma avaliação clínica “não urgente”, criada pela ausência de disponibilidade de outros serviços de saúde, públicos, na comunidade.
Esta liberdade no acesso leva a que, frequentemente, os SU fiquem sobrelotados, com um consequente aumento dos tempos de espera no atendimento e aglomeração de doentes na sua estrutura física, com condicionalismos e constrangimentos na qualidade do serviço prestado.
Considerando que a regulação do acesso não resolveria os problemas já identificados. Acredita-se que a qualificação/capacitação dos profissionais, a criação de equipas dedicadas nos SU, os fluxos de circuitos internos e o encaminhamento inter-hospitalar são aspetos que, neste momento, devem ser equacionados em beneficio do eficaz atendimento do doente em situação crítica.
Avançar com uma reforma de fundo, séria e consistente, nos serviços de urgência é imperativo, sendo necessária uma coragem política e organizacional para uma rutura com o modelo instituído.
Esta última pandemia mostrou as fragilidades de um sistema que se reinventou e que tentou adaptar-se, dia-a-dia, perante o desconhecido mas, com que custos para doentes e profissionais?
Terá possibilitado a “pandemia” uma janela de oportunidade para que, operacionais, gestores e estrategas repensem e agilizem fluxos, circuitos e recursos, assim como reflitam sobre a eficiência e eficácia no atendimento ao doente crítico?
 
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