Conversas de fim de tarde levantou questões importantes nas Unidades de Saúde Pública

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros voltou a abrir espaço às Conversas de fim de tarde, desta vez para refletir sobre o papel do enfermeiro especialista na Unidade de Saúde Pública (USP). A iniciativa teve lugar na passada sexta-feira, dia 7 de Setembro, e contou com a participação de Sérgio Sousa, da comissão regional de peritos em enfermagem de saúde pública; Angelina Francisco, membro do Conselho Diretivo da Ordem dos Enfermeiros e representante da bastonária; e Miguel Ferreira, representante do Colégio da Especialidade de Enfermagem Comunitária. 

 

Para ouvirem os convidados, mas também para transmitirem, eles próprios, a experiência que vivem diariamente nas USP, dezenas de colegas marcaram presença no auditório da SRNOE. Num breve diagnóstico inicial, Angelina Francisco vincou a importância do enquadramento funcional dos enfermeiros especialistas e o papel que cabe a cada profissional em valorizar essa diferenciação de competências. Na partilha de opiniões com a plateia deram-se vários exemplos de falhas e constrangimentos no acesso a sistemas de informação relevantes para a função dos enfermeiros, designadamente no âmbito da vigilância epidemiológica. A existência de serviços complementares, como a consulta do viajante, que não têm reflexo nas dotações das equipas e acabam por prejudicar o horário assistencial dos enfermeiros, foi outros dos problemas identificados. Na mesma linha, invocaram-se dificuldades nas deslocações dos profissionais, na erosão dos recursos humanos e na contratualização que é feita com as USP. 

 

Ficou expressa, no final do encontro, a vontade dos presentes em contribuir para a valorização da especialidade de saúde pública e reforçar este tipo de intercâmbio entre as diversas instituições da região.