Coligação Pan-Europeia para a Saúde Mental

  • 05-11-2021

Em 2021, sabemos que mais de 150 milhões de pessoas na Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS) vivem com um problema de saúde mental, e apenas um em cada três pessoas que vivem com depressão recebem os cuidados que necessitam. Para colmatar estas lacunas nos serviços e no apoio de saúde mental, muitas das quais foram agravadas pela pandemia da COVID-19, a OMS/Europa lançou uma nova Coligação Pan-Europeia para a Saúde Mental.

 

Apresentada a 30 de Setembro, em Bruxelas, com a participação de Sua Majestade a Rainha Mathilde da Bélgica, a Coligação é uma parceria dedicada a melhorar a saúde mental em toda a Região Europeia da OMS. Pretende combater as falhas nos serviços de saúde mental, reunindo líderes nacionais, profissionais, membros da sociedade civil, representantes de organizações internacionais e peritos para colaborar no sentido de trazer a saúde mental para fora das sombras e para a corrente dominante.

 

As principais prioridades da Coligação serão transformar os serviços de saúde mental e integrar a saúde mental na resposta a emergências e esforços de recuperação, bem como promover a saúde mental e prevenir a doença mental ao longo da vida.

 

A Saúde Mental no topo da agenda política

A saúde mental representa um elemento vital do bem-estar individual e colectivo. Pode ser posta em risco por condições de vida, de trabalho ou económicas stressantes ou adversas, por desigualdades sociais, violência e conflitos. A pandemia COVID-19 demonstrou como a saúde mental pode ser vulnerável e que, na Europa, representa uma das principais causas de sofrimento e incapacidade.

 

Os desafios colocados pelas condições de saúde mental tocam todas as idades e grupos sociais. Incluem um surto de doenças de desespero, a prevalência persistente de perturbações depressivas e de ansiedade entre os jovens, o crescimento da autoflagelação e do suicídio, e as necessidades não satisfeitas das pessoas com demência ou perturbação do espectro do autismo. Há igualmente outras questões graves, como o aumento do esgotamento (burnout) entre os profissionais da saúde, agravado com o trabalho durante os momentos mais críticos de COVID-19.

 

Em muitos casos, o sofrimento dos indivíduos e das suas famílias é agravado pelo estigma, discriminação e violação dos direitos humanos; pela exclusão social, tornando a forma como a sociedade olha para as pessoas com condições de saúde mental uma parte do próprio problema.

 

A Coligação Pan-Europeia para a Saúde Mental irá:

- fornecer uma estrutura abrangente para o intercâmbio de experiências e mobilizar defensores e pessoas inovadoras em vários domínios;

- servir como base para uma estrutura com agência a nível regional, que possam apreender perspectivas futuras para a formação e implementação de políticas de saúde mental;

- estimular a investigação fundamental e aplicada sobre saúde mental, com especial atenção ao interface entre saúde, cuidados sociais e comunitários e o papel dos cuidados primários; a intersecção entre saúde mental e género; e o papel da insegurança financeira temporária ou crónica;

- facilitar diálogos políticos nacionais sobre saúde mental e apoio psicossocial para incorporar prioridades-chave de saúde mental nas políticas e planos nacionais (tais como prevenção intersectorial; digitalização dos serviços de saúde mental; desinstitucionalização dos cuidados psiquiátricos e investimento em estruturas comunitárias adequadas; colaboração entre redes de saúde e de cuidados sociais; e saúde mental forense).

 

Junte-se à Coligação Pan-Europeia para a Saúde Mental, preenchendo o formulário AQUI.

 

GCI/MA e PR