Animação e festa marcam o congresso do ICN

Animação e festa marcam o congresso do ICN

Depois de uma sessão de abertura marcada pela animação e pela satisfação de ter o primeiro congresso do Conselho Internacional de Enfermeiros (International Council of Nurses – ICN) os trabalhos dos participantes têm decorrido a grande ritmo e com elevada participação.

Os participantes portugueses integrados na comitiva da Ordem dos Enfermeiros (OE) têm-se multiplicado em apresentações e moderações de sessões. O tempo restante tem sido repartido entre as 17 salas em que decorrem sessões em busca de conseguir recolher o máximo informações e trocar experiências com os enfermeiros de todo o mundo. Em termos organizativos este congresso fica marcado pela participação, cinco mil pessoas registadas, sendo que mais de três mil são oriundas do continente africano.

De sublinhar que o terceiro dia de congresso – 2 de Julho – fica marcado pela positiva para os portugueses. Por um lado, pela apresentação que a Enf.ª Maria Augusta Sousa – Bastonária da OE – fez no auditório principal do congresso. Perante uma sala praticamente cheia a Enf.ª Maria Augusta Sousa falou sobre o Modelo de Desenvolvimento Profissional que tem vindo a ser preparado pela OE e cuja aprovação pela Assembleia da República está prevista para o próximo dia 23 de Julho.

Antes dessa sessão, a sra. Bastonária, liderando uma representação institucional da OE, marcou presença no almoço de beneficência do 75.º aniversário da Fundação Florence Nightingale, cujas verbas são aplicadas no projecto Girl Child. Esta iniciativa actualmente mantém nas escolas 269 raparigas filhas de enfermeiros órfãs e que de outra forma não teriam possibilidade de terminar o ensino secundário. Actualmente, a Fundação apoia raparigas em quatro países africanos, a saber: Quénia, Swazilândia, Uganda e Zâmbia.

Há ainda a salientar que, no dia anterior, foi apresentado o estudo «Expectativas e Necessidade dos Enfermeiros: Resultados de um inquérito global», uma iniciativa conjunta do ICN, da Pfizer e da APCO Insight. Dos dados obtidos de realçar que 46% dos enfermeiros considera que a sua carga de trabalho piorou nos últimos cinco anos. Contudo, cerca de 40% admitem que a Enfermagem está melhor do que há cinco anos. Além disso, 92% dos cerca de 2200 enfermeiros inquiridos em 11 países – África do Sul, Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Japão, Portugal, Quénia, Reino Unido, Taiwan e Uganda – afirmam que sentem com frequência constrangimentos de tempo que os impedem de passar com os doentes o tempo que eles consideram necessário.

«Ao lançar este estudo, o ICN quis perceber que desafios e oportunidades preocupam os enfermeiros de todo o mundo.» A afirmação pertence ao director executivo do ICN, Enf.º David Benton, ao fazer o lançamento deste estudo, explicando que este «dá a conhecer a forma como os enfermeiros vêm a Enfermagem». Mediante estes resultados, considerou que é necessário reflectir «acerca da carga de trabalho dos enfermeiros e do efeito que têm na prestação de cuidados de Enfermagem».

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