Press Release - Ordem dos Enfermeiros assina Protocolo com Direção-geral da Saúde

A Ordem dos Enfermeiros (OE) assinou ontem, dia 21 novembro, um Protocolo de Cooperação com a Direção-geral da Saúde (DGS) que visa a criação das primeiras Normas de Orientação Clínica de Enfermagem em Portugal. A oficialização deste acordo teve lugar na sede da Ordem dos Enfermeiros e contou com a presença de Germano Couto, Bastonário da OE, Francisco George, Diretor-geral da Saúde, e ainda de Sérgio Gomes, Chief Nursing Officer.

O protocolo irá incidir em cinco pontos principais: na elaboração de normas e orientações em Enfermagem, a emitir pela Direção-geral da Saúde e pela Ordem dos Enfermeiros para o Sistema de Saúde, algo que não existe até ao momento; na execução de testes de aplicabilidade das normas e orientações em Enfermagem com o objetivo de avaliar o nível de aplicabilidade da norma de Enfermagem; na formação de auditores clínicos de Enfermagem; na realização de auditorias clínicas para aferição do cumprimento das normas e orientações em Enfermagem e na elaboração de Processos Assistenciais Integrados.

Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, diz acreditar que «a criação e implementação destas normas de orientação clínica no nosso Sistema de Saúde vão aumentar a satisfação dos doentes e dos profissionais de saúde, melhorando deste modo os resultados na prestação de cuidados de saúde».

Para o Diretor-geral da Saúde, Francisco George, «instituir Normas e Orientações Clínicas na Enfermagem é um dever de cidadania». E explica: «É um alto dever que o Estado tem, pois é o cidadão que financia o Estado. O cidadão, antes de receber cuidados de saúde, já os pagou, e se o fez, tem o direito de os receber à luz das melhores práticas.»

Espera-se que, com esta colaboração entre DGS e OE, haja consequentemente uma maior recetividade na adoção das Normas. Da mesma forma, as Normas resultantes deste protocolo terão uma influência acrescida junto das chefias das unidades de saúde no que diz respeito à criação de condições para a sua implementação. Abandona-se assim uma visão algo redutora dos cuidados de saúde, uma vez que algumas das normas serão debatidas em conjunto com a Ordem dos Médicos e serão dirigidas a ambos os profissionais. Este é mais um passo para a multidisciplinaridade na Saúde, vertente essencial na garantia da segurança e qualidade da Saúde e, evidentemente, na obtenção de ganhos em saúde.