Ordem dos Enfermeiros reuniu com Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português

Na sequência das reuniões de apresentação de cumprimentos que têm vindo a decorrer com estruturas governativas e parlamentares, a Ordem dos Enfermeiros (OE) reuniu hoje com o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP).

Na ocasião, o Bastonário e a Vice-Presidente da OE expressaram um conjunto de preocupações que afetam os enfermeiros, nomeadamente o fenómeno do desemprego.

Os deputados Bernardino Soares e Paula Santos manifestaram inquietação relativamente à situação profissional dos enfermeiros, nomeadamente o abandono do país e a não rentabilização dos recursos existentes nos serviços de saúde portugueses.

Na sequência dessa situação e das condições económico-financeiras que o país atravessa, o PCP referiu que é evidente a crescente dificuldade de acesso aos cuidados de saúde por parte dos cidadãos. Na ótica do PCP, a OE deve continuar a assumir «um papel intransigente na denúncia de políticas» que não garantam condições adequadas ao exercício da Enfermagem.

Os deputados comunistas lamentaram também a abertura de Escolas Superiores de Enfermagem «de forma Ad hoc, nos últimos anos», considerando-a uma política incorreta que resultou na proliferação inaceitável de cursos com efeitos na qualidade da formação e que conflitua com a lógica do Exercício Profissional Tutelado (EPT).

O PCP manifestou preocupação com o possível desvirtuamento da Lei n.º 111/2009, se durante o EPT se apostar na utilização de licenciados em Enfermagem como mão-de-obra gratuita, sem garantia de colocação destes profissionais, utilizando o EPT como um instrumento para impedir o acesso à profissão.