Ordem dos Enfermeiros recebida pelo Presidente da República

Ordem dos Enfermeiros recebida pelo Presidente da República

 

 

 

(Da esq. para a direita: Enf. Jorge Pires, Enf. Bruno Noronha, Enf.ª Lúcia Leite, Enf. Germano Couto, Sr. Presidente da República e Dr.ª Clara Carneiro).

A Ordem dos Enfermeiros (OE) foi ontem recebida pelo Presidente da República, onde expressou preocupações em relação à Enfermagem e aos enfermeiros portugueses.

Na ocasião, o Chefe de Estado manifestou grande interesse em relação às problemáticas enunciadas pelo Bastonário da OE, Enf. Germano Couto, pelos Vice-presidentes, Enf.ª Lúcia Leite e Enf. Bruno Noronha, e pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Enf. Jorge Pires.

Os dirigentes da OE colocaram na agenda desta reunião temas como: o desemprego e a emigração de enfermeiros portugueses; dotações seguras em cuidados de Enfermagem; o desperdício das competências dos enfermeiros especialistas; a necessidade de reconhecimento da formação superior aos enfermeiros das Forças Armadas; os desafios em Enfermagem a nível nacional, nomeadamente o Modelo de Desenvolvimento Profissional; e a revisão de diretivas comunitárias, nomeadamente a que estabelece o reconhecimento das qualificações profissionais.

Em declarações à Agência Lusa, o Enf. Germano Couto referiu que o Presidente da República mostrou-se «bastante preocupado» com o desemprego que grassa entre os enfermeiros portugueses, tendo o Chefe de Estado colocado inúmeras questões sobre o assunto.

Questionou sobre «as razões de haver desemprego na Enfermagem e quais os destinos mais procurados pelos enfermeiros», considerando que este é um assunto que deve merecer uma preocupação da parte do Governo e do Ministério da Saúde.
Outra questão que mereceu estranheza da parte do Presidente da República foi a «discriminação dos enfermeiros em funções nas Forças Armadas».

Segundo o Bastonário da OE, «os enfermeiros não têm um reconhecimento automático pelo facto de terem uma licenciatura para subirem ao posto de oficial. São os únicos que, quando ingressam nas Forças Armadas, se mantêm no posto de sargento e isto é um caso paradigmático que, em termos europeus, só acontece em Portugal», sustentou o Enf. Germano Couto à agência noticiosa.

Ana Saianda