Ordem dos Enfermeiros participa na Assembleia-Geral da Federação Europeia de Associações de Enfermeiros (EFN)

Ordem dos Enfermeiros participa na Assembleia-Geral da Federação Europeia de Associações de Enfermeiros (EFN)

A delegação portuguesa, liderada pelo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Enf. Germano Couto, participou na 96ª Assembleia-Geral da Federação Europeia de Associações de Enfermeiros (EFN). Os temas em destaque neste evento foram: a revisão da Diretiva Europeia 2005/36/CE, que diz respeito ao reconhecimento de qualificações profissionais na União Europeia (UE) e o Plano de Ação para a Força de Trabalho em Saúde (Action Plan for Health Workforce) recentemente publicado pela Comissão Europeia.

Acompanharam o Bastonário da OE, a Enf.ª Olga Fernandes, Presidente do Conselho de Enfermagem da OE, o Enf. António Manuel Silva, membro do Comité Executivo da EFN, e a Enf.ª Guadalupe Simões, responsável das Relações Internacionais do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Neste evento – em que estiveram presentes instituições representativas da Enfermagem de 22 países da Europa – foi unânime o sentimento que os problemas que afetam a profissão são transversais às várias realidades nacionais. A reunião foi também um momento para se perceber a forma como a Enfermagem está a consolidar um lugar de destaque no contexto europeu e que os seus profissionais são ouvidos e respeitados pelas mais elevadas esferas de influência.

De acordo com o Enf. Germano Couto, «a participação na Assembleia-Geral da EFN foi bastante positiva. Desta forma, tive a oportunidade de constatar que os problemas com que se deparam os enfermeiros portugueses são idênticos aos colegas europeus». Adiantou «ter-se tratado de um excelente momento de reflexão, uma vez que foi possível perceber que, apesar de termos nacionalidades diferentes, conseguimos alcançar uma plataforma de consenso e trabalhar em prol da Enfermagem nacional e europeia. A concertação de esforços tendo em vista o reconhecimento do valor e do mérito da Enfermagem irá, com toda a certeza, trazer bons frutos.»

Num momento em que na UE se discute o reconhecimento das qualificações profissionais – e quando os enfermeiros portugueses têm vindo a apostar em carreiras internacionais – assume fulcral importância a discussão em torno deste assunto. Os presentes na reunião acordaram as linhas orientadoras que serão prosseguidas pela EFN no que respeita à livre circulação de enfermeiros, procurando sempre assegurar a segurança do doente.

As ações a desenvolver devem conduzir à definição de um conjunto de requisitos mínimos tendo em vista o reconhecimento automático do título profissional. Além disso, devem ter em atenção que os enfermeiros têm a formação adequada aos desafios com que se deparam. Neste campo há que sublinhar que a evidência demonstra que, com profissionais mais qualificados, se consegue prestar cuidados com qualidade e segurança e que o investimento no ensino da Enfermagem contribui em grande medida para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Ana Saianda