OE manifesta-se sobre protocolos que visam integração dos meios de Emergência Pré-hospitalar nos serviços de Urgência

OE manifesta-se sobre protocolos que visam integração dos meios de Emergência Pré-hospitalar nos serviços de Urgência

A Ordem dos Enfermeiros (OE), representada pelo Enf.º Jacinto Oliveira, Vice-presidente do Conselho Directivo, e pelo Enf.º Júlio Branco, membro do Conselho Directivo responsável pela área da Urgência / Emergência, reuniu hoje, 25 de Fevereiro, com o Dr. Miguel Soares de Oliveira, Presidente do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica). Esta reunião foi solicitada pela OE para clarificar os exactos termos dos protocolos que o INEM está a celebrar com várias unidades de saúde visando a integração dos meios da Emergência Pré-hospitalar (EPH) nos serviços de Urgência – Ambulâncias SIV (Suporte Imediato de Vida) nos SUB (Serviços de Urgência Básicos) e VMER (Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação) nas outras tipologias de serviços de Urgência.

A OE associa-se a este modelo de organização de recursos, congratulando-se com o facto de ele já estar a ser desenvolvido no terreno, nomeadamente no Algarve.

No entanto, a Ordem dos Enfermeiros considera que alguns pressupostos deverão ser salvaguardados:

             - Nos SUB onde estejam integradas ambulâncias SIV, a OE recomenda que em qualquer turno, para além do enfermeiro afecto à ambulância SIV, deverão estar sempre presentes, no mínimo, mais dois enfermeiros;

             - Considera-se premente a definição de um calendário precisa de implementação deste novo modelo de gestão das ambulâncias SIV, considerando que a coerência global do sistema só se conseguirá quando em todos os SUB estiver integrada uma ambulância SIV;

             - O modelo em implementação nas SIV deverá estender-se de forma semelhante às VMER. A implementação deste «paradigma» obrigará, naturalmente, à igualdade de tratamento dos profissionais envolvidos, princípio que é comungado pelo Presidente do INEM;

             - A OE considera igualmente que urge definir um sistema de monitorização da qualidade que assegure que todos os meios envolvidos na emergência pré-hospitalar, materiais e humanos, detêm as condições recomendadas para o seu funcionamento.


A Ordem dos Enfermeiros reitera, uma vez mais, a necessidade de definição de um plano estratégico para a emergência pré-hospitalar. Esse plano deve ser coerente e integrar todas as soluções que permitam a prestação de cuidados nesta área, com qualidade e segurança a todos os cidadãos.

GCI/JB/JO

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