NOVIDADE: Ordem dos Enfermeiros cria canal de monitorização dos cortes na Saúde e de situações que violem a Ética e Deontologia da profissão

NOVIDADE: Ordem dos Enfermeiros cria canal de monitorização dos cortes na Saúde e de situações que violem a Ética e Deontologia da profissão

Numa altura em que o contexto socioeconómico do País tem fortes implicações no funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – com sucessivos anúncios de cortes nas despesas do SNS – torna-se determinante monitorizar no terreno a tradução desses cortes ao nível da qualidade da prestação de cuidados de saúde aos portugueses.

Assim, na defesa dos cuidados prestados à população e das iniciativas da Ordem dos Enfermeiros (OE) junto dos diferentes grupos parlamentares e do Governo (Ministério da Saúde), convocamos todos os membros (enfermeiros) a transmitirem à OE as situações que, tendo origem em medidas de restrição introduzidas nas várias organizações de saúde, se venham a traduzir em prejuízo para a qualidade da prestação de cuidados de saúde e de Enfermagem.

Em simultâneo, e porque a crise economico-financeira não está isenta de responsabilidades a este nível, apelamos a que os membros reportem à Ordem profissional que os representa todas as situações que violem as regras éticas e deontológicas da profissão.

Assim, criamos aqui um espaço – Enfermeiros alerta pela Qualidade – através do email: [email protected] – para receber as informações dos membros sobre situações:

  1. reveladoras de dificuldades de acesso a cuidados de saúde / Enfermagem;
  2. reveladoras de situações de insegurança na prestação de cuidados;
  3. violadoras do Código Deontológico do Enfermeiro.

Neste último caso, recordamos que um dos deveres dos enfermeiros consiste em «comunicar os factos de que tenham conhecimento e possam comprometer a dignidade da profissão ou a saúde dos indivíduos», além dos que «sejam susceptíveis de violar as normas legais do exercício da profissão». 

Desta forma, é importante que os membros nos façam chegar informação sobre lares e outras unidades que não cumpram os requisitos legais para funcionarem, bem como daquelas que, estando legalizadas, adoptem medidas lesivas ao exercício da profissão.     

Porque com frequência a Ordem tem sido convocada a apresentar dados concretos, reveladores de sinais de diminuição da qualidade dos cuidados de saúde e atentatórias à diginidade humana, entendemos ser esta uma forma eficaz de contribuir para isso.

Não há boa decisão sem envolvimento dos profissionais, nomeadamente dos enfermeiros que melhor conhecem a dinâmica das organizações de saúde.

Contamos com a sua participação!

Ana Saianda