Gripe A entra em fase pós-pandémica

Gripe A entra em fase pós-pandémica

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que o vírus da Gripe A (H1N1) entrou na fase pós-pandémica, tendo sido ultrapassada a fase de alerta 6. Este anúncio feito pela Directora-Geral da OMS, Dr.ª Margaret Chan, baseou-se na opinião dos membros do Comité de Emergência daquela organização.

Pese embora este anúncio, tal não significa que o vírus tenha desaparecido. A OMS admite que o H1N1 deverá assumir o comportamento de um vírus sazonal e continuará a circular durante diversos anos, à semelhança do que sucedeu com pandemias anteriores.

No período pós-pandemia são de esperar surtos localizados em algumas regiões, com diferentes magnitudes. Tal situação está a ser monitorizada, por exemplo, na Nova Zelândia e na Índia.

O Comité de Emergência da OMS verificou que, em termos mundiais, «os níveis e padrões de transmissão do H1N1 agora observados diferem significativamente do que sucedeu na fase pandémica, não havendo relatos de focos em nenhum dos dois hemisférios.
Durante o período pandémico, o vírus da Gripe A tornou-se o dominante, sobrepondo-se em larga escala ao vírus sazonal, o que já não sucede», aludiram os responsáveis mundiais.

A Dr.ª Margaret Chan adiantou hoje que «muitos países relatam a existência de diversos vírus da gripe, como é geralmente observado durante epidemias sazonais». A responsável admitiu também que, em algumas áreas, entre 20 e 40 por cento das pessoas foram infectadas pela Gripe A e ficaram imunes futuramente ao vírus, citando alguns estudos publicados.

A Directora-Geral da OMS mostrou-se satisfeita com o impacto que esta pandemia acabou por ter, menos letal do que se temia em 2009. Para tal contribuíram o facto do vírus não se ter transformado durante a pandemia, não ter existido uma resistência generalizada ao oseltamivir, e a vacina ter apresentado um «excelente» perfil de segurança, sustentou a responsável.

Nesta fase pós-pandémica, a OMS sustenta que manterá uma vigilância constante e emitirá pareceres sobre a vigilância recomendada, vacinação e atitudes clínicas desejáveis.

Mais informações poderão ser consultadas aqui.

Ana Saianda