«Cidades escondidas» um relatório sobre desigualdades em saúde

«Cidades escondidas» um relatório sobre desigualdades em saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com o Programa HABITAT das Nações Unidas (UN-HABITAT), divulgou um relatório internacional sobre desigualdades em saúde denominado «Cidades escondidas: revelar e ultrapassar as desigualdades em saúde em contextos urbanos».

A divulgação deste documento decorreu durante o Fórum Global em Urbanização e Saúde, que se realizou entre 15 e 17 de Novembro em Kobe, Japão.

O relatório faz uma avaliação abrangente da origem social, económica e física das desigualdades em saúde dentro das cidades, demonstrando que a desagregação de dados pode ajudar a revelar desequilíbrios em saúde.

Segundo este documento, apesar de tendencionalmente, os residentes urbanos terem mais acesso a serviços sociais e de saúde que os cidadãos de meios rurais, continuam a encontrar-se disparidades em saúde enormes entre as pessoas que vivem na mesma cidade.

De acordo Zsuzsanna Jakab, Directora Regional para a Europa da OMS, «as desigualdades urbanas em saúde são geralmente desvalorizadas devido à forma como a informação em saúde é tipicamente colhida e analisada». Alertando que «apesar de a urbanização ter trazido prosperidade e saúde aos países e seus cidadãos, precisamos de estar despertos para o facto de ter igualmente trazido diferenças injustas no estado de saúde das pessoas que vivem em cidades».

A urbanização rápida que ocorreu em países de alto e médio rendimento causa preocupação, não só por questões ambientais e pela existência de infra-estruturas de saúde desadequadas, mas porque originou a concentração de pessoas idosas em áreas antigas das cidades. As políticas de saúde precisam de responder a esta mudança demográfica para assegurar a igualdade em saúde a todos os grupos etários. A OMS e o UN-HABITAT desenvolveram ferramentas para facilitar a criação de evidência neste campo e que este relatório divulga.

O projecto Europeu Rede Europeia de Cidades Saudáveis foi uma fonte importante de informação para este relatório, que está disponível em inglês, francês, espanhol, chinês e japonês. Para consultar clique aqui.

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