Acesso a água potável e a saneamento é «direito humano»

A 28 de Julho último, a Assembleia Geral das Nações Unidas considerou que o acesso à água potável e ao saneamento básico são direitos humanos fundamentais para o pleno gozo da vida humana, manifestando-se profundamente inquieta com o facto de cerca de 884 milhões de pessoas em todo o Mundo não terem acesso a água potável e mais de dois milhões não terem acesso a saneamento básico. Outros estudos indicam ainda que 1,5 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos acabam por falecer anualmente devido a problemas relacionados com a falta de saneamento. Calcula-se também que haja uma perda de 443 milhões de dias lectivos pela mesma razão.

Esta organização (que conta com 192 membros) desafiou inclusivamente os Estados-membros das Nações Unidas e demais organizações internacionais a financiar e a auxiliar tecnologicamente os países mais pobres no sentido destes virem a ter água potável e saneamento básico ao dispor de todas as pessoas.

Esta resolução recebeu uma grande maioria de votos favoráveis (122) e algumas abstenções. Este documento vai no sentido de alguns dos desafios lançados nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até 2015, nos quais se inclui a meta de reduzir a metade o número de pessoas que não consegue ter acesso a água potável e a saneamento básico.