Portugal precisa de mais enfermeiros

  • 18-02-2019

A OCDE acaba de divulgar, nesta segunda-feira, 18 de Fevereiro, o seu relatório bianual dedicado à economia portuguesa.

 

Entre diversas áreas analisadas, o documento refere que à medida que a percentagem de população idosa aumenta em Portugal, os gastos com a saúde deverão aumentar muito e rapidamente: de 5,9% do PIB em 2016 para 8,3% em 2070.

 

Apesar de assinalar que o governo já começou a melhorar a eficiência dos gastos em saúde pública, ainda carece de uma estratégia abrangente para lidar com os custos do envelhecimento relacionado com a saúde.

 

Entre as suas recomendações, a OCDE defende que a solução passa por apostar nos cuidados primários e para tal, “a disponibilidade de enfermeiros é essencial para assegurar cuidados primários e apoio domiciliários”.

 

O relatório sublinha que “embora tenha havido um forte aumento do número de enfermeiros nas últimas décadas em Portugal, as carências persistem”, muito resultado do baixo número de licenciados em Enfermagem nos últimos anos, em parte devido à redução do número de alunos aceites durante os anos da crise em Portugal.

 

Para Ricardo Correia de Matos, Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, “este documento só vem confirmar aquilo que a Ordem dos Enfermeiros defende há mais de três anos: faltam enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde para que seja preservada a máxima qualidade dos cuidados de saúde prestados, bem como a segurança dos utentes”.

 

Recordamos que Portugal é dos Países da OCDE com o mais baixo rácio de Enfermeiros/1000 habitantes. A média dos Países da OCDE situa-se nos 9.3 Enfermeiros/1000 habitantes e Portugal tem no SNS 4.2 Enfermeiros/1000 habitantes.

 

Poderá consultar o relatório completo da OCDE aqui.

GCI/PR