Por uma União Europeia da Saúde

  • 02-12-2020

A pandemia de Covid-19 não será a última. Haverá muitas outras ameaças à saúde, sobretudo com os efeitos das alterações climáticas, das resistências antimicrobianas, entre outros.  Mas não podemos continuar a viver como antes. É preciso salvaguardar as sociedades de forma proporcional aos perigos que as ameaçam.

 

Esta necessidade segue o apelo lançado pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no seu discurso durante a World Health Summit, em Outubro deste ano, quando referiu que “não podemos esperar pelo fim da pandemia para reparar e prepararmo-nos para o futuro. Vamos criar as bases para uma União Europeia da Saúde forte, na qual 27 países trabalham em conjunto para detectar, preparar e responder colectivamente”.

 

Ao longo dos anos, os estados membros da União Europeia (UE) comprometerem-se, em sucessivos tratados, com um nível elevado de protecção de saúde, humanidade, protecção e solidariedade e com um futuro sustentável para todos. Mas estas salvaguardas de saúde não são, por si só, suficientes.

 

Deste modo, é crucial que os líderes europeus se comprometam efectivamente a criar esta União Europeia da Saúde para que os países da UE consigam preparar-se conjuntamente para outras crises sanitárias e trabalhem unidos para melhorar a prevenção, tratamento e acompanhamento de doenças como o cancro; e que sejam disponibilizados medicamentos inovadores e acessíveis.

 

A União Europeia da Saúde irá:

- proteger melhor a saúde dos cidadãos;

- equipar a UE e os seus estados-membros para melhor se prevenirem e enfrentarem futuras pandemias;

- melhorar a resistência dos sistemas de saúde europeus. 

 

No âmbito da criação da União Europeia da Saúde, foi lançado um Manifesto com três questões-chave:

  1. Apelar aos líderes políticos da Europa para que se comprometam a criar uma União Europeia de Saúde, por ocasião da Conferência sobre o Futuro da Europa (9 Maio 2021);
  2. Convidar as populações a empenharem-se na construção de uma política de saúde que contribua para o desenvolvimento sustentável a longo prazo da UE;
  3. Estabelecer a visão da União Europeia de Saúde (com objectivos, políticas, medidas, princípios) desenvolvida pelos signatários do Manifesto.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, na pessoa dos Presidentes do Conselho Directivo e do Conselho de Enfermagem Regionais: Ricardo Correia de Matos e Pedro Lopes, respectivamente, congratula-se por ter assinado este Manifesto e incentiva as restantes ordens profissionais de saúde e instituições do sector a fazerem o mesmo para impelir e fortalecer a criação desta União Europeia da Saúde.

 

Para ser signatário deste Manifesto clique AQUI.

 

Para saber mais informações sobre a União Europeia de Saúde aceda neste link.

GCI/MA e PR