"O grande desafio é conseguirmos consciencializar todos os portugueses de que é preciso criar uma cadeia de exigência..."

Veja a Grande Entrevista de Ricardo Correia de Matos na Soberania do Povo TV (Jornal Soberania do Povo):

 

 

Leia igualmente as principais declarações aqui:

 

"O grande desafio é conseguirmos consciencializar todos os portugueses de que é preciso criar uma cadeia de exigência, porque só desta forma é que os políticos vão acabar por valorizar os profissionais de saúde e, talvez, colocá-los como factor principal de desenvolvimento sócio-económico.
(...)
Todos os profissionais de saúde têm efectivamente vencimentos muito abaixo daquilo que é o normal, ou o padrão médio da OCDE.
(...)
Estamos a começar a perder os jovens que nos garantem uma saúde sustentável dentro de 10, 15, 20 anos.
(...)
Neste momento, fruto da situação pandémica que estamos a viver, será criada, mais cedo ou mais tarde, uma cadeia de exigência grande, de quem lidera o país.

Não me admira que no próximo Orçamento de Estado vamos crescer 10 ou 15% para a saúde, mais que não seja por exigência internacional.

Portugal e todos nós poderemos sair beneficiados porque a pressão internacional vai ser elevadíssima para dotar os sistemas de saúde.
(...)
O Governo actual tem um parceiro, que é a Ordem dos Enfermeiros, que, desde que esta situação se iniciou, tem trabalhado de forma positiva, temos sido mais um motor construtivo do que um motor crítico destrutivo.
(...)
Temos vários assuntos em cima da mesa (com o Governo), como o internato, que vai obrigar a que os enfermeiros se especializem através de um internato.
Temos também uma norma de dotações seguras, uma vez que somos dos poucos países desenvolvidos da OCDE que não tem um normativo de dotações seguras aprovado pelo Governo.
(...)
Se conseguirmos melhorar a vida das pessoas, é um altruísmo ímpar. Tem sido um privilégio e um honra trabalhar neste órgão regulador e conseguirmos alterar políticas de saúde.
(...)
Um dos objectivos é a consciencialização do empoderamento pessoal: até que ponto, enquanto enfermeiro, consigo ser um sujeito activo na construção de políticas institucionais e processos de cuidar...",

 

Ricardo Correia de Matos, Presidente do Conselho Directivo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros