Enfermeiras distinguidas com Bolsa de Investigação

  • 04-01-2019

As enfermeiras Joana Rente e Sara Gomes receberam Bolsas para Investigação em Cuidados Paliativos da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

 

As bolsas, criadas com o patrocínio da família e em memória de Isabel Maria de Sousa Costa Belo Correia Levy, são bienais, no valor de 10 mil euros, e pretendem promover estudos na área de cuidados paliativos em Portugal.

 

Para a Enfermeira Joana Rente, que trabalha na equipa intra-hospitalar de Cuidados Paliativos do Hospital de Ovar, esta bolsa “vai ser uma grande ajuda” porque, não trabalhando exclusivamente em investigação, vai poder alavancar o seu projecto que se insere na sua tese de doutoramento sobre cuidados paliativos. Sob o tema “Via Verde: Cuidados Paliativos”, a actividade de investigação que está a realizar vai assim “andar para a frente”, podendo trabalhar de perto com “doentes com necessidades paliativas que vão ao serviço de urgência”.

 

De igual modo, a Enfermeira Sara Gomes assinala a importância deste financiamento que lhe irá permitir progredir "na formação para o desenvolvimento do estudo em termos de cursos que irei fazer para conseguir desenvolver este estudo com melhor evidência científica, e também será um apoio fundamental na divulgação dos seus resultados". A exercer a sua profissão no Instituto Português de Oncologia de Coimbra, no serviço de cuidados paliativos, Sara garante que "sem este apoio financeiro não conseguiria tomar estes passos de maneira tão cimentada" e que são essenciais para o desenvolvimento da sua tese de doutoramento em Enfermagem, cujo tema "é o bem-estar ocupacional dos profissionais de saúde que exercem cuidados paliativos em Portugal". Esta enfermeira pretende “a construção de um instrumento que permita avaliar o bem-estar destes profissionais de saúde”, uma vez que “os cuidados paliativos em Portugal são cuidados relativamente recentes face a outros locais da Europa, aquilo que se pretende é mostrar evidência científica sobre quem trabalha nesta área, e que ainda são poucos”.

 

Para Joana Rente “cada vez mais há boa investigação e investigação de qualidade” e, embora não haja “um número significativo de investigadores e investigadores com doutoramento em cuidados paliativos, já existe muita gente com valor a apostar nesta área”. Mas sublinha que, “acima de tudo, os doentes merecem que se invista muito, muito” em cuidados paliativos, “para que se consiga alguma dignidade e qualidade para estes doentes”. Paralelamente, e na perspectiva de Sara Gomes, "não podemos ter cuidados de qualidade se não tivermos profissionais de qualidade a cuidar dos doentes, precisamos de garantir que os profissionais têm formação e que trabalham em segurança para depois poderem prestar os melhores cuidados aos doentes. Nesse âmbito, não basta apenas actuar perante o doente, mas sim também perante o profissional que cuida daquele doente”.

 

A Secção Regional do Centro parabeniza estas duas enfermeiras pela sua dedicação aos doentes com necessidades em cuidados paliativos, aos seus familiares e cuidadores.

GCI/PR