Aprovada terceira versão da Ontologia de Enfermagem

A terceira versão da Ontologia de Enfermagem já foi aprovada e incorpora um conjunto de conteúdos que resultam do trabalho desenvolvido em articulação com os Colégios de Especialidade da Ordem dos Enfermeiros, no sentido de robustecer a Ontologia e enaltecer a dignificação da Enfermagem.

 

A nova versão da Ontologia de Enfermagem, introduz um pilar determinante para a tomada de decisão clínica por parte dos enfermeiros - os objetivos - previsto desde a génese deste processo em permanente evolução, progressivo e dinâmico, no sentido de uma adequada representação do conhecimento de enfermagem.

 

Este novo pilar, representa o culminar do comportamento de construção formal da intencionalidade associada ao processo de conceção de cuidados. Assim, os 4 pilares podem ser descritos como: (i) os dados que resultam da apreciação do cliente; (ii) os focos/diagnósticos; (iii) as intervenções de enfermagem, e; (iv) salientamos a inclusão dos objetivos na estrutura de conteúdos da Ontologia de Enfermagem.

 

Trata-se de um aspeto há muito defendido pela Ordem dos Enfermeiros, pois a partir deste desenvolvimento, será possível definir, validar, e disponibilizar um modelo formal de produção automática, sistemática e fiável de um painel de indicadores, relativos aos contributos dos cuidados de enfermagem para a saúde da população ou, por outras palavras, indicadores sensíveis aos cuidados de enfermagem, para efetivamente dar visibilidade àquilo que a população alcança com os cuidados de enfermagem.

 

A incorporação dos objetivos acrescenta coerência relacional entre os focos de atenção/diagnósticos de enfermagem e as intervenções, torna mais clara as intenções dominantes da conceção de cuidados e permite evoluir para a definição de indicadores sensíveis aos cuidados de Enfermagem, com maior fiabilidade.

 

Nesta nova versão, os conceitos estão mapeados para a CIPE 2019, a SNOMED_CT e encontra-se em curso o mapeamento para a CIF.

 

Este processo é um marco significativo no garante do controlo interno da linguagem profissional usada pelos enfermeiros, para documentar a conceção dos cuidados, e contribuir para que os enfermeiros sejam cada vez mais relevantes e significativos para a população.