Ordem apoia enfermeiras especialistas do Hospital de Guimarães com faltas injustificadas e cortes nos salários por aderirem a protesto

  • 30-10-2017

As 17 enfermeiras especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (ESMO) do Hospital de Guimarães foram novamente alvo de cortes ilegais nos salários. A administração hospitalar marcou faltas injustificadas às profissionais que, entre Julho e o passado dia 17 de Outubro, aderiram ao protesto e suspenderam as suas funções especializadas.

Apesar de terem continuado a trabalhar no hospital, prestando cuidados gerais de Enfermagem, as profissionais foram agora surpreendidas, na folha salarial do mês de Outubro, com cortes significativos referentes aos três dias de protesto em Agosto e a todo o mês de Setembro. Há casos de profissionais que receberam apenas 90 euros líquidos. 

Para a Ordem dos Enfermeiros (OE), que já anteriormente apoiou as enfermeiras e vai voltar a accionar o seu fundo social disponível, tratam-se de cortes ilegais. “Se isto é para continuar, os sindicatos devem retirar-se imediatamente das negociações”, considera a Bastonária da OE, Ana Rita Cavaco, lembrando que o protesto dos enfermeiros especialistas foi suspenso no passado dia 17, na sequência do memorando de entendimento assinado entre sindicatos e Governo, onde ficou estabelecido o reconhecimento dos enfermeiros especialistas.

Esta terça-feira, a Bastonária vai marcar presença na manifestação organizada pelos enfermeiros, junto ao Hospital de Guimarães.

Recorde-se que, desde Agosto de 2016, que a OE pede a demissão do Conselho de Administração do Hospital de Guimarães, na sequência da afirmação inaceitável, numa nota de imprensa, de que “em média, se verifica um acréscimo de 15% na taxa de mortalidade no internamento em dia de greve”, invocando um estudo que não existe.

ALN