Ordem dos Enfermeiros divulga parecer sobre parto na água

Ordem dos Enfermeiros divulga parecer sobre parto na água

A Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (MCEESMO) da Ordem dos Enfermeiros (OE) produziu um parecer sobre o parto na água, onde defende que este é «reconhecido nacional e internacionalmente, pelos excelentes resultados que alcança nos indicadores relativos ao parto para mulheres com gravidez de baixo risco».

Legalmente, o enfermeiro especialista em Enfermagem de saúde materna e obstétrica (EESMO) «é o profissional que tem competências para desenvolver de forma autónoma diversas atividades no contexto da sala de partos, incluindo a assistência ao longo de todos os estádios do trabalho de parto, tanto à parturiente como ao feto/recém-nascido».

Neste sentido, a MCEESMO defende que «os partos na água, desde que conduzidos com excelência profissional são, provadamente benéficos tanto para a mãe como para o recém-nascido pelo que deve ser incentivado» e lamenta que «apesar de toda a evidência científica, os partos medicalizados e em posição de litotomia se mantenham prática amplamente utilizada e incentivada nas salas de partos portuguesas». 

A MCEESMO «recomenda a imersão e o parto na água como uma metodologia a utilizar durante o trabalho de parto e parto normal, como uma das possíveis escolhas / opção por parte da mulher grávida, após informação e consentimento livre e esclarecido» e refere que o parto de água, sendo um parto fisiológico, «insere-se nas atividades autónomas do EEESMO, pelo que a atividade médica é supérflua».

Este parecer encontra-se disponível na área dos «Pareceres» dos Colégios de Especialidade, n.º 51/2014, disponível à data de 17 de junho de 2014, e no microsite da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, na área dos Pareceres, Recomendações e Tomadas de Posição.

 

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