Ordem dos Enfermeiros assina protocolo para criar Espaço Social do Enfermeiro

Ordem dos Enfermeiros assina protocolo para criar Espaço Social do Enfermeiro

Num terreno de 40 mil metros quadrados situado na freguesia de Paradela será construído o Espaço Social do Enfermeiro, um equipamento que visa proporcionar momentos de conforto, bem-estar e de convívio aos enfermeiros e suas famílias, mas também um espaço para formação e outros compromissos profissionais. Este será o resultado materializado do que está contemplado no protocolo ontem assinado pelo Enf. Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), pelo Sr. Miguel Costa Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, e pelo Sr. Manuel Faria Oliveira, Presidente da Junta de Freguesia de Paradela.

Na cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu nos Paços do Concelho barcelense, o Bastonário da OE salientou o facto de este ser um empreendimento inédito para a classe – surgindo assim como forma de acarinhar os cerca de 65.500 enfermeiros de todo o país, em especial os membros da Secção Regional do Norte. «Também é preciso cuidar de quem cuida», afirmou.

O Enf. Germano Couto referiu ainda que «este é um sonho com quatro anos e a assinatura deste protocolo simboliza o início de um percurso em conjunto». Em seu entender, este tipo de parcerias é fundamental nos tempos difíceis que atravessamos e é a prova de que «é possível fazer parcerias com as autarquias, com as forças vivas da sociedade». 

Totalizando um investimento estimado de 5 milhões de euros, o Espaço Social do Enfermeiros deverá entrar em funcionamento dentro de três a quatro anos, empregar cerca de 20 pessoas numa fase inicial e terá condições para prestar alguns cuidados de saúde aos cidadãos do concelho de Barcelos.

Além de alojamento, auditório, piscinas, bar/restaurante, o espaço terá uma unidade de saúde onde se prestarão cuidados de Enfermagem.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bacelos e o Presidente da Junta de Freguesia de Paradela enalteceram a iniciativa da OE e a influência positiva que ela poderá para a economia do concelho.

Aos jornalistas, o Enf. Germano Couto falou acerca das dificuldades que a profissão enfrenta, nomeadamente a falta de valorização dos cuidados prestados. «Atendendo à sua responsabilidade, os enfermeiros não são valorizados em Portugal, não só os generalistas, mas também os especialistas, que muitas vezes não estão a desenvolver as suas competências especializadas», acrescentou.

O paradoxo existente entre a carência de aproximadamente 25 mil enfermeiros (considerando os últimos dados da OCDE) e o facto de estarem muitos profissionais no desemprego ou a emigrar também foi sublinhado. Até ao final de novembro foram pedidas 2.600 declarações por quem pretende trabalhar fora de Portugal. 

lneves