OE contesta “despromoção” da Urgência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

Embora a reconfiguração das urgências do Grande Porto só venha a ser finalizada em Abril, na sequência da nova Carta Hospitalar, tem havido ecos de que os principais prejudicados serão os cidadãos de Vila Nova de Gaia. Ao que tudo leva a crer, a Urgência Polivalente do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho (CHVNG/E) será “despromovida” e transformada em Médico-Cirúrgica.

A Ordem dos Enfermeiros (OE) contesta esta decisão, considerando que as urgências polivalentes do Grande Porto não se devem centrar apenas a norte do Rio Douro – o que significa que apenas o Centro Hospitalar do Porto (Hospital Geral de Santo António) e Centro Hospitalar de S. João ficariam com o nível mais diferenciado de resposta às situações de urgência naquela região.

A OE considera que o CHVNG/E reúne todas as condições para manter o nível de diferenciação que tem tido até então: possui melhores acessibilidades, tem maior número de episódios de Urgência e equipas multidisciplinares com enorme diferenciação. Acresce ainda o facto de que cerca de 340 mil habitantes, do Concelho mais populoso e mais jovem do Norte do País, perderiam a atual qualidade e acessibilidade a cuidados de saúde, com riscos em termos de segurança.

A escolha de apenas duas Urgências Polivalentes no Grande Porto deve ser uma decisão tecnicamente bem construída, sob pena de enorme contestação popular devido à incompreensão por parte dos cidadãos da razão para esta perda de direitos.

A OE apela ao Ministério da Saúde para que tome a menos penalizadora das decisões e seguindo critérios técnicos bem definidos à partida.

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros