Emergency Calls - Ordem dos Enfermeiros defende Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar

Emergency Calls - Ordem dos Enfermeiros defende Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar

O auditório da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros (OE) recebeu, no dia 27 de novembro de 2015, a segunda edição do ciclo de debates sobre Emergência Pré-hospitalar «Emergency Calls».

Os convidados para este debate foram o Dr. António Marques, Diretor do Centro Materno Infantil do Norte, o Enf. José Carlos Gomes, Presidente do Conselho de Enfermagem da OE, e o Enf. Nelson Coimbra, Responsável pela Emergência Pré-hospitalar da OE. O debate contou também com a presença do Enf. Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.

  

Assistiu-se a um debate profícuo onde foram discutidas várias questões importantes para esta temática, nomeadamente a sustentabilidade e evolução do sistema de Emergência Pré-hospitalar em Portugal e o papel preponderante que o enfermeiro tem na educação da população, na capacitação dos cidadãos tanto na área do Suporte Básico de Vida como nas manobras de desobstrução da via aérea.

Foi debatida a problemática do aproveitamento e abuso do enfermeiro que está destacado nos meios de Emergência Pré-hospitalar e concomitantemente com doentes atribuídos nos serviços de urgência, colocando em causa a segurança e continuidade dos cuidados. Discutiu-se também a necessidade fundamental da integração da figura do enfermeiro numa central única e alargada de Emergência Pré-hospitalar.

Outro dos temas tratados foi o reconhecimento das competências e valorização da formação do enfermeiro no seio das corporações de bombeiros e proteção civil, tal como o respetivo financiamento. A necessidade de definição de competências acrescidas na área da emergência e a recertificação de competências foram também assuntos abordados.

Além do exposto, este debate permitiu também concluir que é necessário alargar a rede de ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, melhorar o acompanhamento do transporte secundário do doente crítico e profissionalizar os serviços mínimos no nível básico de socorro de todas as entidades do Sistema Integrado de Emergência Médica. Formalizar a auditoria aos meios de socorro num processo de melhoria contínua da qualidade e não numa vertente punitiva ou inspetiva é o caminho a seguir na Emergência Pré-hospitalar.

Este debate confirmou, uma vez mais, que o Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar defendido pela OE é o adequado para o território nacional. A Ordem espera agora que o novo Ministro da Saúde repondere o mesmo.

patriciag