CASO DOENTES SEM ALIMENTAÇÃO: COMUNICADO

CASO DOENTES SEM ALIMENTAÇÃO: COMUNICADO

Face à entrevista concedida por Leonor Furtado, Inspectora-Geral da Saúde, ao Jornal "Público", a Ordem dos Enfermeiros emitiu um comunicado onde revela estranheza e incompreensão sobre algumas das afirmações veiculadas.

1- A Ordem dos Enfermeiros (OE) estranha que a Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) tenha apresentado à imprensa as conclusões de um projecto de relatório sem solicitar, para a elaboração do mesmo, a denúncia concreta que nos chegou por escrito, e sem ouvir todos os profissionais do serviço em causa. Estranhamos igualmente que os peritos da OE que visitaram a unidade também não tenham sido ouvidos e que não nos tenha sido solicitado o relatório dessa mesma visita.

2- A OE estranha que a Senhora Inspectora-Geral da IGAS não tenha aceite o convite da senhora Bastonária para uma visita em conjunto a 14 de Dezembro alegando “falta de meios”. Porém, com grande surpresa, constatámos pelo projecto de relatório que os inspectores da IGAS visitaram o serviço no mesmo dia;

3- A OE já informou a IGAS que o projecto de relatório não é satisfatório, pelo que seguirá para a Procuradora-Geral da República, juntamente com a denúncia escrita e outros meios de prova recolhidos;

4- A OE quer deixar claro que os enfermeiros do serviço fizeram aquilo que lhes competia. A OE não admite que a Senhora Inspectora-Geral da IGAS ponha em causa a “ética profissional” dos enfermeiros, nem aceita o tom com que o faz na entrevista desta quinta-feira ao Jornal Público;

5- A OE não compreende o desconhecimento demonstrado pela Senhora Inspectora-Geral da IGAS relativamente às competências legais da Ordem dos Enfermeiros. A Bastonária da OE não é “uma espécie de sindicato”, como é catalogada na mesma entrevista;

6- No que depender da OE, faremos tudo o que está ao nosso alcance para garantir a segurança dos doentes e a qualidade dos cuidados, nem que para isso seja necessário recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem;

7- É com perplexidade que a OE leu as seguintes declarações da Senhora Inspectora-Geral da IGAS: “Nos sectores com muito dinheiro – e não só na saúde – é normal que exista grande concorrência, grande tráfico de influências para se ganhar um contrato”.

Consulte a notícia com outro caso semelhante no site da Revista "Cuida":

 

lneves